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Brasil tem mais de 43 mil rótulos de cerveja; versões sem álcool crescem 537%

Produção ultrapassa 15 bilhões de litros e exportações crescem mais de 40%, segundo Anuário da Cerveja

 (Gabriela Brazão/Divulgação)

(Gabriela Brazão/Divulgação)

Publicado em 7 de agosto de 2025 às 05h54.

O Brasil terminou o ano de 2024 com 43.176 cervejas e 55.015 marcas registradas no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), segundo dados do Anuário da Cerveja 2025.

O número de cervejarias também subiu para 1.949 estabelecimentos registrados no país, um aumento de 5,5% em relação ao ano anterior, com 102 novas unidades. Segundo o levantamento, 790 municípios brasileiros possuem ao menos uma cervejaria. A média nacional é de uma para cada 109 mil habitantes — no Rio Grande do Sul, o número cai para um a cada 32 mil.

São Paulo concentra maior número de registros

São Paulo mantém a posição de principal polo do setor de cerveja no país, com 427 cervejarias registradas e 12.803 rótulos cadastrados. O estado também lidera em diversidade de produtos, apresentando a maior média de registros por estabelecimento, com 30 rótulos por cervejaria.

Já o Espírito Santo registrou o maior crescimento proporcional no número de novos rótulos entre 2023 e 2024, passando de 1.221 para 1.434 registros.

Por regiões, o Sudeste concentra a maior fatia do mercado, abrigando 45,6% das cervejarias brasileiras, totalizando 889 estabelecimentos, seguido pelo Sul.

Santa Catarina destacou-se pelo maior aumento absoluto no número de cervejarias, com 25 novas unidades em 2024, o que representa um crescimento de 11,1% em relação ao ano anterior.

Já o Rio Grande do Sul tem a maior concentração de cervejarias por habitante do Brasil com a média de uma cervejaria para cada 32.177 habitantes, mostrando forte presença do setor na região.

Produção ultrapassa 15 bilhões de litros

A produção declarada de cerveja em 2024 somou 15,34 bilhões de litros. Desse total, 24,7% correspondem a cervejas puro malte.

A Lager Leve Clara representou 58,3% da produção total, seguida pela Pilsener (32,4%) e outras variações de Lager (8,5%). Juntas, essas três categorias respondem por 99,2% do volume nacional.

Cervejas como Malzbier e IPA, embora menos representativas, somaram respectivamente 46,7 milhões e 29,9 milhões de litros.

Cervejas sem álcool ganham espaço no mercado

As versões sem álcool — com até 0,5% de teor alcoólico — registraram crescimento de 536,9% em 2024 e passaram a representar 4,9% de toda a produção nacional. O avanço segue uma tendência de consumo mais consciente. Também compõem o segmento as cervejas de baixo teor alcoólico, com até 2%, e as convencionais, que podem chegar a 5,4%.

Exportações crescem, sobretudo para a América do Sul

Em 2024, o Brasil exportou 332,5 milhões de litros de cerveja, um crescimento de 43,4% em volume e de 31,1% em faturamento, que atingiu US$ 204 milhões.

O Paraguai foi o principal destino, com 66,5% das exportações. A América do Sul concentrou 97,7% do total embarcado.

No sentido inverso, o Brasil importou 3,18 milhões de litros de cerveja. A Alemanha se manteve como principal fornecedora, com 42,5% desse volume.

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