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Brasil precisa de programa de concessões, diz Credit Suisse

Segundo presidente do Credit Suisse no Brasil, José Olympio Pereira, é necessário criar condições para atrair esse investimento


	Credit Suisse: país é uma alternativa atraente para investimento estrangeiro, por ser uma democracia e historicamente respeitar contratos
 (Fabrice Coffrini/AFP)

Credit Suisse: país é uma alternativa atraente para investimento estrangeiro, por ser uma democracia e historicamente respeitar contratos (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2016 às 17h47.

São Paulo - O presidente do Credit Suisse no Brasil, José Olympio Pereira, afirmou neste sábado, 23, que o País precisa promover um "maciço programa de concessões" para melhorar sua infraestrutura e possibilitar ganhos de produtividade. "No campo das concessões, há muito dinheiro de gente interessada em investir no Brasil", disse ele em apresentação no Brazil Conference, evento realizado em Boston, nos Estados Unidos, pela Universidade Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Na sua avaliação, o País é uma alternativa atraente para investimento estrangeiro, por ser uma democracia e historicamente respeitar contratos. "Há um interesse enorme, mas precisamos não atrapalhar os investimentos", disse o executivo, referindo-se às limitações no retorno das concessões. Segundo ele, a venda de ativos não seria necessariamente a preços baixos. "Quem acompanhou as compras dos chineses no setor elétrico brasileiro verá que há muito dinheiro, com gente disposta a pagar um volume interessante."

No entanto, enfatizou, é necessário criar condições para atrair esse investimento. O Brasil precisa "urgentemente" endereçar uma agenda de ações que restaure a confiança na nação, o que inclui a mudança no curso da dívida pública, a reforma da Previdência e alterações na legislação trabalhista, apontou. "O setor público não tem nem dinheiro nem capacidade de gestão para fazer um upgrade da infraestrutura. Só vejo como solução um maciço programa de concessão e transferência para o capital privado", disse.

O presidente do Credit Suisse no Brasil afirmou ainda que o papel do BNDES enquanto financiador do setor de infraestrutura precisa ser repensado daqui em diante. "O ideal seria criar outras alternativas de financiamento a longo prazo, que podem ser governamentais, mas usando outras estruturas", disse Olympio.

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