Negócios

Brasil pode se tornar 3º maior mercado da Nestlé

Nos próximos 10 anos, a empresa espera conseguir 1 bilhão de novos consumidores só nos países emergentes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à fábrica da Nestlé (.)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à fábrica da Nestlé (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Genebra - O Brasil caminha para se tornar o terceiro maior mercado para a principal empresa de alimentos do mundo, a Nestlé, superando o tradicional mercado da Alemanha. A multinacional - que foi blindada da crise graças aos países emergentes - indica que está de olho num mercado extra de 1 bilhão de potenciais novos consumidores nos países emergentes em dez anos. E alerta: vai continuar a comprar empresas pelo mundo.

O caso do Brasil é emblemático entre os emergentes. O País já é desde meados da década o quarto maior mercado para a multinacional, ultrapassando Itália, Reino Unido, Espanha ou Japão. Agora, ameaça passar para a terceira posição. Em 2009, o mercado brasileiro representou vendas de 5,78 bilhões de francos suíços (US$ 5,44 bilhões), contra 5,8 bilhões (US$ 5,46 bilhões) na Alemanha. Se a taxa de crescimento for mantida como nos últimos cinco anos, a nova posição seria conquistada antes do fim de 2010. A liderança ainda é dos Estados Unidos, com mais de 30 bilhões de francos (US$ 28,25 bilhões) em vendas, seguidos pela França, com 8 bilhões de francos (US$ 7,536 bilhões).

Ontem, a gigante do setor de alimentos anunciou lucros de 5,5 bilhões de francos suíços (US$ 5,18 bilhões) no primeiro semestre, montante 7,5% superior ao do mesmo período de 2009. A Nestlé admite, no entanto, que o segundo semestre será mais complicado e que a alta nos preços de commodities pode afetar os resultados.

Ainda assim, diante dos resultados do primeiro semestre e da expansão nos emergentes, a empresa decidiu rever para cima as projeções de crescimento em 2010. A perspectiva é de uma expansão nas vendas de 5%. Antes, o grupo indicava apenas que as vendas deveriam superar a alta de 3,9% do ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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