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Brasil Kirin deixa o país por conta da crise

Segundo a companhia, venda de sua filial foi tomada "levando em conta os riscos associados à economia brasileira"

Schin: a Kirin chegou ao Brasil em 2011 mediante a compra da segunda cervejeira local, Schincariol (Divulgação)

Schin: a Kirin chegou ao Brasil em 2011 mediante a compra da segunda cervejeira local, Schincariol (Divulgação)

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AFP

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 10h55.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2017 às 13h59.

O grupo japonês de bebidas Kirin Holdings anunciou nesta segunda-feira um acordo para vender sua filial no Brasil à cervejaria holandesa Heineken por 660 milhões de euros (700 milhões de dólares).

"Levando em conta os riscos associados à economia brasileira e a situação da concorrência em um mercado estancado, a Kirin chegou à conclusão de que seria difícil transformar o Brasil Kirin em uma atividade rentável", explicou a companhia em um comunicado.

Portanto, venderá a totalidade de sua participação na Kirin Brasil ao grupo Bavaria, proprietário da Heineken, pelo equivalente a 2,2 bilhões de reais (700 milhões de dólares).

A Kirin chegou ao Brasil em 2011 mediante a compra da segunda cervejeira local, Schincariol, por 2,65 bilhões de dólares.

Com a operação anunciada nesta segunda-feira, que precisa ser aprovada pelas autoridades reguladoras, a Heineken se transformará na segunda maior cervejaria do Brasil, atrás da Ambev, filial local do grupo belgo-brasileiro AB-Inbev.

De acordo com informações do seu site, a Brasil Kirin tem 12 fábricas e uma rede de distribuição própria no Brasil, com 15 marcas de águas, refrigerantes e cervejas, assim como uma oferta de seis cervejas premium, um mercado que se expandiu nos últimos anos no país.

A Heineken chegou ao Brasil em 2010. Tem cinco fábricas, produce e comercializa uma dezena marcas de cerveja e importa outras de México, Itália, Áustria e Irlanda, segundo o seu site,.

Embora o Brasil seja o terceiro mercado mundial de cerveja atrás da China e dos Estados Unidos, o país vive sua pior recessão em mais de um século e essa situação aumentou a concorrência no mercado de bebidas alcoólicas.

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