São Paulo - A Brasil Ecodiesel negocia a compra de outra empresa de agronegócios e alimentos, segundo apurou EXAME. Se concretizada, será a segunda transação no setor, desde a incorporação do Grupo Maeda, anunciada em dezembro do ano passado.

Com o negócio, a Brasil Ecodiesel aprofundaria a estratégia de diversificar sua atuação. Criada em 2003 para atuar na produção e venda de biocombustíveis, a empresa começou a buscar novas áreas de negócios a partir da compra do Maeda.

A incorporação foi arquitetada pelo empresário espanhol Enrique Bañuelos que, em maio de 2010, assumiu o controle do Maeda por meio de um de seus fundos, o Arion Capital. O passo seguinte foi fundi-lo à Brasil Ecodiesel, por meio de uma troca de ações.

Como nas usinas

Na época em que o negócio foi anunciado, a Veremonte, holding que administra os negócios de Bañuelos, destacou as sinergias entre as empresas. Um dos maiores produtores de algodão, sementes e óleos vegetais do Brasil, o Maeda teria assegurado o escoamento de sua produção ao se unir à Brasil Ecodiesel. Seja fornecendo grãos para biocombustíveis, seja processando-os em alimentos, seu mercado ficaria mais estável.

Já para a Brasil Ecodiesel, a incorporação do Maeda assegurou o suprimento de insumos para sua produção de biocombustíveis. Além disso, assim como fazem as usinas de açúcar e álcool, a Brasil Ecodiesel poderá redistribuir sua produção entre alimentos e combustíveis, de acordo com o cenário que lhe for mais favorável.

É justamente a continuidade desse modelo que a Brasil Ecodiesel busca ao negociar a compra de uma nova empresa de agronegócios. Segundo apurou EXAME, o anúncio do negócio deve ocorrer em breve.