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Brasil e México concentram bilionários na América Latina

Apesar disso, países são os que menos arrecadam com impostos sobre o patrimônio

Em 2012, a revista americana Forbes registrou 1.153 bilionários no mundo, liderados pelo mexicano Carlos Slim, com uma fortuna de 69 bilhões de dólares (©afp.com / Asif Hassan)

Em 2012, a revista americana Forbes registrou 1.153 bilionários no mundo, liderados pelo mexicano Carlos Slim, com uma fortuna de 69 bilhões de dólares (©afp.com / Asif Hassan)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2012 às 10h14.

Cidade do México - Brasil e México são os países da América Latina com o maior número de bilionários, mas também são os que menos arrecadam com impostos sobre o patrimônio, destacou a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal).

Na América Latina, o Brasil lidera a lista de países com maior número de bilionários (30), seguido pelo México (11), segundo um relatório sobre elites econômicas, desigualdade e tributação, publicado na internet e elaborado por Andrés Solimano, consultor da Cepal, e Juan Pablo Jiménez, diretor da organização em Montevidéu. Em seguida aparecem Chile (4), Argentina, Venezuela e Colômbia, com três cada.

No entanto, entre 2005 e 2007, o México arrecadou apenas 0,18% do Produto Interno Bruto por impostos sobre o patrimônio e o Brasil 0,44%, atrás de outros países latino-americanos como Bolívia (0,62%), Chile, (0,59%) e Colômbia (0,54%).

Em 2012, a revista americana Forbes registrou 1.153 bilionários no mundo, liderados pelo mexicano Carlos Slim, com uma fortuna de 69 bilhões de dólares, à frente dos americanos Bill Gates e Warren Buffet.

Em contraste com o gigantesco patrimônio destes bilionários, "há mais de dois bilhões de pessoas que vivem (ou sobrevivem) com menos de dois dólares diários, o que revela as extremas disparidades existentes na economia mundial", advertem os autores do relatório da Cepal.

"A acentuada concentração de renda e do patrimônio em pequenas elites reduz a legitimidade do capitalismo como um sistema que, apesar de gerar desigualdades, também abre oportunidades", completam.

O documento destaca ainda que as desigualdades afetam a democracia, porque "para vencer uma eleição é necessário financiamento, o que coloca em uma posição vantajosa aqueles que dispõem deste recurso".

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