Trabalhador empilha sacos de cimento da Holcim (Kemal Jufri/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2014 às 22h50.
São Paulo/Bogotá - A Cementos Argos da Colômbia é uma das interessadas em comprar os ativos que a Lafarge e a Holcim estão vendendo no Brasil, avaliados em aproximadamente US$ 1 bilhão, de acordo com duas pessoas familiarizadas com o assunto.
O Banco Itaú BBA SA foi contratado como consultor da Cemargos para aquisições em potencial, segundo as pessoas, que pediram para não ser identificadas porque as discussões são privadas.
O processo de venda está no início e outras companhias ainda devem se interessar pelos ativos, disseram as pessoas.
A Cementos Argos, baseada em Medellín, tem nove plantas de cimento na Colômbia, três nos EUA e uma em Honduras, segundo seu website.
A Cemargos disse que seus planos de expansão incluem crescimento orgânico e aquisições em mercados nos EUA e no “norte da América do Sul”.
“Estamos sempre buscando oportunidades eficientes e atraentes”, disse a companhia em e-mail respondendo às perguntas da Bloomberg. “Nós queremos ter presença em mercados com um claro potencial de crescimento em consumo de cimento per capita”.
A francesa Lafarge e a suíça Holcim, que pretendem mudar seu nome para LafargeHolcim, estão no meio de uma fusão de US$ 40 bilhões e precisam vender ativos no Brasil para atender às regras antitruste.
Antecipando-se às solicitações, a companhia anunciou em 4 de agosto a venda de 3 plantas integradas de cimento e 2 de moagem no Brasil. O desinvestimentos foram apresentados ao Cade e as vendas precisam ser aprovadas.
“O Brasil é um mercado importante para o futuro do grupo LafargeHolcim e a companhia continuará comprometida com o País”, disseram as duas companhias em 4 de agosto.
Um assessor de imprensa do Itaú não quis comentar.