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Bradesco vê até R$ 20 bi em ofertas de ações no Brasil

O banco acredita que o Brasil se descolou de outros emergentes e o investidor estrangeiro deve voltar a aportar recursos no País

Bradesco: os executivos de Bradesco preveem mais emissões de ações nos próximos meses (.)

Bradesco: os executivos de Bradesco preveem mais emissões de ações nos próximos meses (.)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 08h39.

Por Altamiro Silva Júnior, correspondente

Nova York - O Brasil pode ter nova onda de ofertas de ações nos próximos meses. Apenas o Bradesco BBI tem previstas emissões que somam entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões, caso se concretizem. A expectativa também é favorável para o mercado de fusões e aquisições, que deve seguir em 2017 em ritmo forte, segundo executivos da instituição.

Apesar da incerteza inicial causada pela inesperada vitória de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos, o banco acredita que o Brasil se descolou de outros emergentes e o investidor estrangeiro deve voltar a aportar recursos no País.

"O fluxo externo deve por um período limitado ser reduzido, mas achamos que volta, principalmente, se o Brasil fizer o dever de casa", disse o vice-presidente do Bradesco, Sérgio Clemente.

O espaço para aumentar a alocação no Brasil pode ser visto pelas carteiras dos investidores dedicadas a emergentes. O diretor-executivo do Bradesco e chefe do Bradesco BBI, Renato Enjnisman, ressalta que o Brasil chegou no melhor momento a representar 67% das carteiras dos investidores estrangeiros na América Latina. O porcentual chegou a cair para 40% e hoje está em 55%.

Quando se consideram a participação do Brasil entre todos os emergentes nas carteiras dos investidores, a fatia chegou no melhor momento a 15% da alocação. Chegou a cair para 5% e hoje está próximo de 9%. "Não sei se volta para os 15%, mas temos espaço para nos recuperar", disse Enjnisman.

Os executivos de Bradesco preveem mais emissões de ações nos próximos meses, mas de valores menores. Segundo o executivo, a média deve ficar na casa dos R$ 500 milhões por operação. Para Clemente, este é um sinal positivo, de que as companhias veem o mercado de ações como uma fonte viável de financiamento.

Clemente avalia que o mercado de dívida local deve ser pouco afetado pela incerteza gerada após a vitória de Trump, mas em ações e emissões externas.

"A agenda de emissões é robusta, o Brasil segue atrativo", disse ele. Se o mercado se acalmar, o banco não descarta que emissões de dívida e ações saiam ainea em 2016. "No caso de bonds, é possível colocar uma operação de pé em literalmente um dia. Nas ações, há janela até meados de dezembro. Se o mercado se acomodar, é possível ter emissões", disse Enjnisman.

Fusões.

No mercado de fusões e aquisições, o chefe do BBI lembra que uma série de operações ocorreu no Brasil nos últimos meses, muitas envolvendo investidores estrangeiros. A tendência é que o ritmo continue acelerado pela frente.

"O que está claro é que o investidor de longo prazo já enxergou que tem um bom ponto de entrada", disse ele, destacando que os fundos de private equity (que compram participações em empresas) estão capitalizados e interessados em investir no Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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