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Bradesco corta projeção de alta do crédito de 4,7% para 0,3%

Bradesco revisou projeção de crescimento do crédito total em 2016 de 4,7% para 0,3%


	Bradesco: banco afirmou que enfraquecimento do crédito é resultado da recessão econômica
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bradesco: banco afirmou que enfraquecimento do crédito é resultado da recessão econômica (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2016 às 13h49.

São Paulo - O Bradesco revisou de 4,7% para 0,3% o crescimento previsto para o crédito total este ano.

Segundo o banco, desde o começo do ano tem sido observada uma intensificação da desaceleração do mercado de crédito, espraiada por quase todas as linhas, mas especialmente no capital de giros e investimentos.

"O enfraquecimento das carteiras de pessoa jurídica é reflexo da recessão econômica verificada nos últimos trimestres. O fraco desempenho da atividade levou à queda da demanda por projetos e da necessidade de financiamento, levando à contração da demanda por crédito", diz o Bradesco.

No caso das famílias, o Bradesco explica que o processo de desalavancagem iniciado em 2012, a piora da confiança e do mercado de trabalho têm levado a uma menor demanda por crédito, em especial daquele relacionado ao consumo de duráveis.

O banco aponta que, enquanto o estoque de crédito destinado à aquisição de veículos caiu 14% em maio em relação ao mesmo mês do ano anterior, a carteira de consignado total subiu 7%.

Isso representa uma desaceleração frente à expansão de 17% registrada em 2013, mas ainda assim um desempenho bastante forte para essa carteira, que hoje representa 35% dos créditos livres à pessoa física e tem ganhado participação nos últimos anos.

O banco acredita, no entanto, que as concessões de crédito vão acelerar no segundo semestre deste ano, aliadas à retomada da atividade, "cujos primeiros sinais já se fazem notar". Para 2017, a estimativa é que o crédito total tenha expansão de 6,9%.

No âmbito da inadimplência, a projeção para pessoa física este ano foi mantida em 6,5%, enquanto para pessoa jurídica foi revisada de 4,7% para 5,1%.Para 2017, em PF a projeção é de 5,8%, enquanto em PJ é 4,5%.

"A despeito da expressiva piora do mercado de trabalho, a taxa de inadimplência acima de 90 da carteira de pessoa física com recursos livres tem apresentado desempenho bastante positivo desde o começo do ano", aponta o Bradesco.

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