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Bradesco está disposto a pagar até R$ 10 bi por HSBC Brasil

Ao oferecer o maior lance, o Bradesco dispara como favorito a levar o ativo


	Logo do banco HSBC: ao oferecer o maior lance, o Bradesco dispara como favorito a levar o ativo
 (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Logo do banco HSBC: ao oferecer o maior lance, o Bradesco dispara como favorito a levar o ativo (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2015 às 09h04.

São Paulo - O Bradesco pode desembolsar até R$ 10 bilhões para adquirir o HSBC no Brasil, superando o apetite de Itaú Unibanco e do Santander, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Os três enviaram propostas, há cerca de duas semanas, dentro do intervalo sugerido pelo Goldman Sachs, assessor da operação, de R$ 8 bilhões a R$ 12 bilhões, e foram para a fase seguinte da disputa pelo ativo.

Ao oferecer o maior lance, o Bradesco dispara como favorito a levar o ativo.

O Santander, que precisa acelerar sua expansão no País para ter mais escala, ficou próximo e teria, conforme fontes, ofertado entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões.

Já o Itaú, de acordo com as mesmas fontes, teria ofertado R$ 8 bilhões, no piso do intervalo.

Na semana que vem, segundo um executivo do mercado, começam as apresentações com os três bancos que foram para a reta final da disputa.

Apesar do grande interesse dos estrangeiros de entrar no Brasil, principalmente, os chineses, nenhum passou para essa etapa.

Quem vencer vai para a final para negociar o HSBC Brasil com exclusividade, quando ocorre o processo de due diligence (investigação e auditoria das informações).

Em jogo, estão quase R$ 168 bilhões em ativos e um patrimônio líquido de R$ 9,732 bilhões.

Vai pesar nas negociações, de acordo com executivos com conhecimento no assunto, principalmente, o preço.

Fontes acreditam que o momento que o HSBC Brasil atravessa, com rentabilidade negativa e necessidade de ajustes em sua operação de varejo, tende a pressionar o valor para baixo. 

Há ainda a incógnita de quem arcará com os custos das demissões que geralmente ocorrem em processos de M&A (fusão e aquisição, na sigla em inglês).

Para o Bradesco, adquirir o ativo significa eliminar a distância de ativos erguida em relação ao seu principal concorrente, o Itaú, desde a fusão com o Unibanco.

Se o comprasse, considerando dados do primeiro trimestre, ultrapassaria R$ 1,2 trilhão em ativos, perto do R$ 1,295 trilhão do Itaú ao fim de março.

"Acho o Bradesco mais provável porque seria muito difícil o HSBC Brasil aceitar a proposta de um concorrente em outros países", opina uma fonte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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