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Bradesco espera melhora na demanda por crédito no 2º sem

Nesta quinta-feira, 28, ao divulgar seus resultados do segundo trimestre, o banco revisou para baixo suas projeções para o desempenho dos empréstimos


	Bradesco: "A demanda por parte dos clientes deve melhorar no 2º semestre, mas não será suficiente para elevar a carteira de crédito neste ano"
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bradesco: "A demanda por parte dos clientes deve melhorar no 2º semestre, mas não será suficiente para elevar a carteira de crédito neste ano" (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2016 às 11h52.

São Paulo - O Bradesco espera uma melhora na demanda por crédito no segundo semestre deste ano, afirmou Luiz Carlos Angelotti, diretor executivo da instituição.

"A demanda por parte dos clientes deve melhorar no segundo semestre, mas não será suficiente para elevar a carteira de crédito do banco neste ano", explicou ele, em teleconferência com analistas e investidores, na manhã desta sexta-feira, 29.

Nesta quinta-feira, 28, ao divulgar seus resultados do segundo trimestre, o banco revisou para baixo suas projeções para o desempenho dos empréstimos.

A carteira de crédito expandida do banco, que inclui avais e fianças, deve ficar estável ou, na pior das hipóteses, encolher 4% em 2016. A estimativa anterior sinalizava aumento de 1% a 5%.

O saldo ao final de junho somou R$ 447,492 bilhões, cifra 3,4% menor em um ano.

Segundo Angelotti, também pesou na decisão do banco de revisar para baixo sua projeção para o desempenho dos empréstimos a variação do câmbio.

O Bradesco projetava que o dólar encerraria o ano a R$ 3,90 e agora vê a cotação em R$ 3,20, o que impacta nos volumes totais da instituição.

Em conversa com jornalistas ontem, Angelotti afirmou que o Bradesco espera algum crescimento da sua carteira de crédito no próximo ano, embora ainda não tenha guidances para 2017.

HSBC

O Bradesco está neste momento fazendo uma due dilligence para avaliar o ajuste no preço pela aquisição da operação do HSBC no Brasil, conforme a variação patrimonial no período, disse Angelotti.

Esse trabalho, como antecipou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, começou no mês passado, após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar a venda do HSBC para o Bradesco.

Angelotti também confirmou que será usado o número no padrão internacional de contabilidade, o IFRS, e que ainda não estaria definido o ajuste.

"Estamos avaliando a variação, se é positiva ou negativa, para o ajuste no preço. O Bradesco já assumiu as operações e estamos prevendo a unificação das plataformas em outubro", disse o diretor executivo durante a teleconferência.

Ao final de 2014, o patrimônio do HSBC era de R$ 11,2 bilhões, com base na norma internacional. Com base nos números do HSBC, considerando o padrão contábil brasileiro, o BR GAAP, o ajuste no preço não deve ser para cima.

Isso porque o patrimônio do banco, tendo em vista a norma local, ficou em torno de R$ 9,5 bilhões ao final de dezembro último, ante cifra de cerca de R$ 9,7 bilhões registrada um ano antes, também levando em conta o padrão local.

Os números sinalizam ainda, como já destacou o Bradesco, que o ajuste será pequeno, uma vez que a diferença em BR GAAP é por volta de R$ 200 milhões.

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