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BR Towers mira aquisições e novas torres de telefonia

A empresa de torres de telefonia já trabalha com todas as operadoras


	Telefonia celular: a BR Towers adquiriu 2 mil torres da Vivo e fechou um acordo de associação com a Sitesharing
 (Steve Kazella / Wikimedia Commons)

Telefonia celular: a BR Towers adquiriu 2 mil torres da Vivo e fechou um acordo de associação com a Sitesharing (Steve Kazella / Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 19h52.

Rio de Janeiro - A recém-nascida BR Towers, empresa de torres de telefonia da GP Investments, vê um cenário de muitas oportunidades para aquisições e analisará opções de estruturação financeira para potenciais novas compras, disse o principal executivo da companhia nesta terça-feira.

Diante da necessidade por mais qualidade nos serviços e da demanda a ser criada pelo 4G, a BR Towers, está atraindo o interesse de todas as operadoras do país para o aluguel de suas estruturas.

"Basicamente hoje estamos trabalhando com todas as operadoras, algumas ainda em fase final de fechamento... os pedidos de compartilhamento já estão acontecendo", afirmou à Reuters o presidente da companhia, Maurício Giusti.

Criada no fim de setembro do ano passado, após a compra de cerca de 2 mil torres da Vivo por 500 milhões de reais, a BR Towers anunciou na terça-feira uma associação estratégica com a Sitesharing, complementando a administração e acrescentando novas torres ao portfólio.

Os fundadores da Sitesharing ficaram com 15 por cento da BR Towers. A BRT Holding 2 ficou com os 85 por cento restantes. A GP Investments detém 70 por cento dessa holding. O restante pertence a um fundo administrado pelo Banco Bradesco BBI.

Esse foi o mais recente movimento de expansão via aquisições da empresa, que se diz atenta a novas oportunidades de compras e se estruturar financeiramente para isso.

E possibilidades não devem faltar, num momento em que operadoras buscam se concentrar em ativos mais estratégicos, reduzir a dívida e reforçar caixa -- Vivo, da Telefônica Brasil e Oi foram bons exemplos desse movimento.

"A gente espera que vá haver muita oportunidade de crescimento não orgânico, de aquisições desse tipo de portfólio de torres", disse Giusti, ex-executivo da Telefônica que chegou à BR Towers no começo de dezembro.

Giusti não quis dar detalhes sobre investimentos ou perspectivas, já que sua controladora GP tem capital aberto, mas disse que a empresa está preparada financeiramente e pode recorrer aos seus acionistas ou ao mercado de dívida.


"Vamos estar preparados para analisar e se estruturar financeiramente para ter acesso a capital e participar de forma competitiva de processos desse tipo", afirmou, dizendo ver grande apetite no mercado por negócios de infraestrutura com contratos de longo prazo.

Mas a BR Towers não vai colocar suas atenções apenas em compra de ativos no curto prazo. Com torres em todos os Estados brasileiros, exceto Acre, a BR Towers também vai desenvolver torres próprias, além dos 250 projetos de construção de estruturas obtidos pelo acordo com a Sitesharing.

4G A companhia tem atualmente pouco mais de duas mil torres, a maior parte delas na região Sudeste, frente a estimativas de representantes do setor de que haja no Brasil de 50 mil a 60 mil torres de telefonia móvel.

Isso, segundo Giusti, demonstra o potencial de crescimento dos negócios da empresa, principalmente por causa da tecnologia de quarta geração (4G), que exigirá mais antenas adequadas à radiofrequência na qual vai operar, de 2,5 gigahertz.

"O 4G vai gerar uma demanda adicional , a frequência do 4G (no Brasil) é alta, o que implica que as áreas de cobertura por células são menores, e tem que ter mais antenas", afirmou.

A BR Towers espera se beneficiar da correria das operadoras para atender às exigências da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), de que os serviços estejam funcionando em abril nas cidades-sede da Copa das Confederações.

"A gente está preparado para essa demanda", garantiu o executivo.

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