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BR dobra investimento em logística e foca em aeroportos da Copa

A BR vai investir na ampliação de suas unidades nos 12 principais aeroportos do país

A área de logística vai receber investimentos de 2,2 bilhões de reais de 2011 a 2015

A área de logística vai receber investimentos de 2,2 bilhões de reais de 2011 a 2015

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2011 às 17h30.

Rio de Janeiro - A BR Distribuidora, empresa de distribuição da Petrobras, vai dobrar seus investimentos em logística até 2015 para acompanhar o crescimento do consumo interno, inclusive nos aeroportos, informou o presidente da BR, José Lima Neto.

A área de logística vai receber investimentos de 2,2 bilhões de reais de 2011 a 2015, contra a estimativa de 1 bilhão de reais do plano anterior (2010-2014).

No total, somando investimentos em postos, no setor automotivo e na Liquigás, a BR vai investir 5,2 bilhões de reais de 2011 a 2015, crescimento de 24 por cento em relação ao plano anterior.

"Vamos brigar para continuar líderes de mercado", afirmou Lima a jornalistas nesta segunda-feira para comentar a sua parte no plano de negócios da Petrobras.

Atualmente, a BR tem 39 por cento de participação no mercado de distribuição de combustíveis, seguida pelo grupo Ultra (Ipiranga e Texaco) com 19,6 por cento e a Raízen (Esso e Shell) com 18 por cento. A bandeira Ale, da AleSat, tem 3,3 por cento e todas as outras pequenas distribuidoras juntas respondem por 20,1 por cento do mercado, segundo dados da BR.

De acordo com Lima, os planos são de praticamente manter a posição atual. Por isso, mesmo com o crescimento do mercado de cerca de 5 por cento em média, atingir 40,6 por cento do mercado em 2015.

Para isso, a BR vai ampliar e modernizar os postos atuais e fazer acordos como o fechado no início de agosto com a Derivados do Brasil (DVBR), que acrescentou 118 postos à rede BR, sendo 99 em São Paulo.


"A estratégia principal é abandeirar uma bandeira branca", disse, referindo-se a postos que não são ligados a uma distribuidora única e descartando aquisições de postos.

Lima disse que o mercado de distribuição de combustíveis no Brasil continua no mesmo ritmo do primeiro semestre --quando subiu 4,5 por cento contra igual período do ano anterior--, mas que o consumo de etanol vem caindo em relação aos últimos anos pela limitação da oferta.

"Em 2009, a venda de álcool foi maior do que a de gasolina, mas depois cedeu e não voltamos mais ao patamar de antes do período de entressafra", explicou Lima, lembrando que o elevado preço do etanol, provocado pela falta de oferta, está reduzindo o consumo.

Mas ele não trabalha com a perspectiva de falta de etanol no país, e muito menos de gasolina, "que pode ser importada em caso de necessidade", destacou.

"O preço do hidratado (utilizado nos veículos flex) ficou muito alto e as empresas estão produzindo mais anidro porque sabem que vai vender mais é a gasolina", explicou Lima, estimando que o preço do biocombustível está atualmente 40 por cento a mais do que estava nessa época no ano passado.

"Até 2013 não tem muita coisa a fazer, o programa (etanol) está sendo vítima do seu próprio sucesso", avaliou o executivo que já foi secretário do Ministério de Minas e Energia e vê no descasamento entre oferta e demanda a prova de que o programa de carro flex fuel deu certo.

Logística

De olho no aumento do movimento dos aeroportos no país, não só pelo crescimento do poder aquisitivo, mas por eventos como a Copa do Mundo e Olimpíadas, a BR vai investir na ampliação de suas unidades nos 12 principais aeroportos do país.

"Os aeroportos que tem Copa do Mundo representam 92 por cento do consumo total de QAV (querosene de aviação)", informou Lima.

Ao todo o Brasil consome cerca de 600 milhões de litros de QAV por mês, sendo 400 milhões fornecidos pela BR Distribuidora, disse Lima. "Em épocas como a da Copa do Mundo o consumo de QAV vai ser entre 20 a 30 por cento maior", estimou.

A BR Distribuidora também será responsável pela construção de uma fábrica de lubrificantes dentro do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), depois que a diretoria de Abastecimento decidiu fazer no local uma fábrica de óleos do grupo 2, que possibilitam a produção de um lubricante de melhor qualidade do que o produzido atualmente. A unidade deve ter capacidade para 40 mil metros cúbicos por mês.

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