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BP vende 50% da TNK-BP para Rosneft por US$ 17,1 bilhões

A BP informou que usará 4,8 bilhões de dólares do montante para adquirir 5,66% da Rosneft


	Fachada da THK-BP: a operação ainda depende da aprovação do governo russo
 (Natalia Kolesnikova/AFP)

Fachada da THK-BP: a operação ainda depende da aprovação do governo russo (Natalia Kolesnikova/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2013 às 13h01.

Londres - A petrolífera britânica BP anunciou nesta segunda-feira que concordou em vender para a Rosneft 50% de sua participação na coempresa com sede na Rússia TNK-BP por 17,1 bilhões de dólares e uma participação de 12,84% do capital social do grupo público russo.

A BP acrescentou em um comunicado à Bolsa de Londres que usará 4,8 bilhões de dólares do montante em dinheiro para adquirir 5,66% da Rosneft para o Estado russo.

A companhia de petróleo britânica afirmou que ao executar a operação, ainda pendente de aprovação pelo governo russo, deterá uma participação de 19,75% na Rosneft, incluindo o 1,25% que possui atualmente - e terá 12,3 bilhões em dinheiro

Essa participação também dará dois assentos entre os nove do conselho da Rosneft, atualmente controlada em mais de 75% pelo Estado russo.

"Este é um dia importante para a BP. A Rússia é vital para a segurança energética global e será cada vez mais nos próximos anos", disse o presidente da petrolífera britânica, Carl-Henric Svanberg.


"A Rússia também tem sido importante para nós nos últimos 20 anos. Nosso envolvimento evoluiu com o tempo. TNK-BP tem sido um bom investimento e agora estamos colocando uma nova base para o nosso trabalho na Rússia", acrescentou.

Criado em 2003 pela BP e pelo consórcio de oligarcas russos AAR, a TNK-BP está atolada em um conflito entre acionistas desde a assinatura, em janeiro de 2011, de uma aliança entre a BP e a Rosneft para explorar o Ártico, que fracassou devido à oposição do AAR neste acordo.

A coempresa representa um quarto da produção mundial da BP e gerou mais de 18 bilhões de dólares desde a sua criação. Mas diante da impossibilidade de chegar a um acordo com o seu parceiro, a gigante britânica finalmente anunciou em junho passado que queria vender a sua parte.

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