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BP eliminará 4 mil postos de trabalho pela queda de preços

A multinacional disse que a desvalorização do petróleo, que perdeu 70% de seu preço há um ano e meio, obriga a empresa a reduzir a despesa


	A petroleira britânica BP: a força de trabalho da empresa nos departamentos de exploração e produção ficará abaixo de 20 mil pessoas
 (Ben Stansall/AFP)

A petroleira britânica BP: a força de trabalho da empresa nos departamentos de exploração e produção ficará abaixo de 20 mil pessoas (Ben Stansall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 12h33.

Londres - A companhia petrolífera britânica BP anunciou nesta terça-feira que eliminará 4 mil postos de trabalho em nível global para fazer frente à queda do preço do petróleo, que ronda os US$ 31 pelos temores sobre a economia chinesa e o excesso de oferta no mercado.

A multinacional disse que a desvalorização do petróleo, que perdeu 70% de seu preço há um ano e meio, obriga a empresa a reduzir a despesa nas áreas de exploração e produção, onde propõe "simplificar a estrutura e economizar custos sem prejudicar a segurança", disse um porta-voz à emissora pública britânica "BBC".

Esta fonte precisou que, após a supressão destes postos de trabalho durante este ano, a força de trabalho da empresa nesses departamentos ficará abaixo de 20 mil pessoas, de um quadro total de 80 mil.

A BP garantiu que segue comprometida com a extração de petróleo no Mar do Norte e indicou que neste ano investirá US$ 4 bilhões em suas operações no Reino Unido, onde executará cerca de 600 demissões.

A grandes empresas petrolíferas indicaram que reduzirão seus investimentos e tratarão de reduzir despesas perante a persistente queda do preço do petróleo, que na segunda-feira chegou aos US$ 32 em Londres pela primeira vez desde abril de 2004.

Os preços do petróleo aguçaram a queda na semana passada perante as turbulências financeiras na China, segundo consumidor mundial de petróleo, enquanto continua a preocupação pelo excesso de oferta no mercado.

A tensão política entre Arábia Saudita e Irã, dois dos maiores produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), dificulta alcançar um acordo para limitar o teto de produção desse grupo de países.

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