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BP conseguirá absorver multas por derramamento de óleo

Empresa deverá ser capaz de arcar com o custo de até 18 bilhões de dólares em novas multas


	Golfo do México: explosão da plataforma e derramamento de óleo matou 11 trabalhadores
 (Mario Tama/Getty Images)

Golfo do México: explosão da plataforma e derramamento de óleo matou 11 trabalhadores (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 09h09.

Londres - A BP deverá ser capaz de arcar com o custo de até 18 bilhões de dólares em novas multas pelo derramamento de óleo no Golfo do México em 2010 sem grandes vendas de ativos ou de um grande corte em seu dividendo, dizem analistas.

As ações do grupo de petróleo caíram quase 6 por cento na quinta-feira depois que o Juiz Distrital dos Estados Unidos Carl Barbier, em Nova Orleans, Louisiana, disse que a empresa foi "negligente" em 20 de abril de 2010, quando ocorreu a explosão da plataforma e derramamento de óleo que matou 11 trabalhadores.

No entanto, a BP disse que vai apelar da decisão. Com isso, qualquer decisão sobre indenizações poderá levar anos.

"A manchete é obviamente negativa, mas a BP vai apelar e o processo de recurso é suscetível de se arrastar por anos", disse Bernard Hodee, analista da Raymond James, que manteve a sua recomendação para as ações da BP inalteradas em "valor justo".

A BP reservou apenas 3,5 bilhões de dólares para multas no âmbito da Lei da Água Limpa, parte de uma série muito maior de provisões para limpeza, indenização e danos que ultrapassaram 42 bilhões de dólares. Mas a companhia poderá ser responsável por até 17,6 bilhões de dólares se o seu recurso contra a decisão de "negligência grosseira" for negado.

"Embora este seja agora um ponto de grande incerteza para os investidores, acreditamos que as implicações financeiras desta decisão permanecerão significativamente abaixo do máximo - a estimativa do Citi é de 8,2 bilhões de dólares - uma soma que não deve ter impacto sobre a capacidade da BP de financiar suas ambições de crescimento futuro, nem sobre os dividendos aos acionistas", disse o Citi em relatório.

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