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Bombardier diz que disputa com Boeing não desacelera vendas

Segundo um diretor, a encomenda do CSeries que desencadeou uma reclamação da Boeing refletiu um desconto comum no "preço de lançamento"

Bombardier: "Agora que a aeronave está em serviço, o perfil de risco diminui e o preço começa a subir" (Susana Gonzalez/Bloomberg)

Bombardier: "Agora que a aeronave está em serviço, o perfil de risco diminui e o preço começa a subir" (Susana Gonzalez/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 6 de junho de 2017 às 19h41.

Cancún - A Bombardier disse nesta terça-feira que está confiante em ganhar uma disputa comercial com a Boeing nos Estados Unidos e descartou sugestões da indústria de que o impasse poderia comprometer os esforços para acelerar as vendas de seu jato CSeries.

Segundo o diretor de aviação comercial da Bombardier, Fred Cromer, a encomenda do CSeries pela Delta Air Lines que desencadeou uma reclamação recente da Boeing refletiu um desconto comum no "preço de lançamento" e não se tratava de uma estratégia comercial contínua.

"Agora que a aeronave está em serviço, o perfil de risco diminui e o preço começa a subir", disse Cromer durante evento anual da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), no México.

Ele afirmou ainda que as práticas de vendas e financiamento da Bombardier eram legais e a disputa não prejudicava os esforços de vendas em andamento, que foram ajudados pelo início das operações do CS100 em julho de 2016 e do CS300 na semana passada.

A Bombardier não anuncia uma nova encomenda do CSeries há quase um ano, levando alguns analistas a questionar se a resposta agressiva da denúncia da Boeing poderia desacelerar as vendas.

Cromer argumentou que o oposto: "Na verdade isso aumentou o nível de interesse. Essa atenção realmente está criando uma situação em que as companhias aéreas de todo o mundo estão dizendo que esse avião é real".

Ele também disse que a empresa estava no caminho certo para aumentar a produção do CSeries no final deste ano depois de adiar as entregas de 2016 devido a problemas no fabricante de motores Pratt&Whitney, uma divisão da United Technologies.

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