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Bombardier abordou a Airbus sobre CSerias, diz fonte

A Bombardier abordou a Airbus sobre a venda de participação majoritária no projeto de desenvolvimento do jato CSeries, afirmaram fontes


	Jato CSeries da Bombardier
 (Christinne Muschi/Reuters)

Jato CSeries da Bombardier (Christinne Muschi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2015 às 21h00.

Montrel/Washington/Paris - A Bombardier abordou a Airbus sobre a venda de participação majoritária no projeto de desenvolvimento do jato CSeries para tentar equilibrar suas finanças, afirmaram fontes familiarizadas com o assunto.

Sob a aliança proposta, a Airbus ajudaria a Bombardier a completar o desenvolvimento do CSeries em troca da participação de controle no programa. Caso se confirme, a proposta vai efetivamente encerrar os esforços independentes da companhia canadense para ingressar no mercado de aeronaves de 100 a 160 lugares, dominado por Airbus e Boeing.

Obstáculos significativos precisam ser eliminados antes da Airbus aceitar a oferta de investir na rival de menor porte.

"Há discussões em andamento, mas elas ainda são exploratórias. A administração de nenhuma das empresas tomou uma decisão", afirmou uma das fontes, que pediu para não ser identificada dada a sensibilidade do assunto.

Procuradas, Bombardier e Airbus confirmaram que mantiveram discussões sobre oportunidades de negócios, mas não detalharam a natureza das negociações.

Segundo as fontes, a Airbus receberia uma participação de controle sobre a nova aeronave da Bombardier, cujo desenvolvimento está anos atrasado e bilhões de dólares acima do orçamento, e uma parcela das receitas.

As fontes afirmaram ainda que as companhias provavelmente formariam um conselho separado para a gestão do CSeries e assinariam um acordo estratégico para comercializarem em conjunto o avião.

A Bombardier recebeu 243 encomendas para o CSeries, que alguns analistas afirmam que está preso em um segmento de mercado encolhendo e que está sendo disputado por fabricantes de jatos regionais menores e por modelos de 150 a 180 lugares. Airbus e Boeing têm encomendas combinadas de 7 mil aeronaves de médio alcance.

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