Negócios

Bollywood de olho no mercado cinematográfico latino

O mercado estrangeiro representa 7% da renda global de Bollywood, de um total de 89,3 bilhões de rúpias (1,9 bilhão de dólares)

A Fox Star Studios classificou o filme como "o primeiro filme verdadeiramente global de Bollywood" (.)

A Fox Star Studios classificou o filme como "o primeiro filme verdadeiramente global de Bollywood" (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

Mumbai - Um novo filme produzido pela gigantesca indústria cinematográfica indiana e protagonizada por uma atriz de origem uruguaia aumenta as expectativas na Índia de que o cinema de Bollywood vai conseguir finalmente entrar no mercado latino-americano.

Com a jovem Bárbara Mori compartilhando o elenco com o galã indiano Hrithik Roshan, "Kites" é um filme romântico sobre um fugitivo dado por morto no deserto mexicano, onde encontra o amor de sua vida e resolve atravessar os Estados Unidos.

O pai de Roshan, Rakesh, produtor do filme, explica que adoraria lançar "Kites" na maior quantidade de países latinos possível.

"Com a globalização, o mundo está cada vez menor e por isso filmes da Coreia do Sul e de outros países asiáticos podem ter um impacto em Hollywood e outros mercados", afirmou. "Mas infelizmente os filmes indianos ainda não puderam entrar nesses mercados. Quero mostrar ao mundo que as produções indianas também podem causar impacto", acrescentou.

O sucesso este ano no exterior de "Meu nome é Khan", de Shah Rukh Khan, entusiasmou os produtores indianos a tentar entrar em outros mercados com produtos similares. O filme arrecadou 39 milhões de dólares um mês depois de ser lançado em fevereiro, dos quais US$ 17 milhões fora da Índia.

A distribuidora Fox Star Studios classificou o filme como "o primeiro filme verdadeiramente global de Bollywood".

Isso aconteceu logo depois que "Quem quer ser um milionário?", produção indiana-britânica vencedora do Oscar em 2009, despertou o interesse mundial pela indústria cinematográfica indiana.

O mercado estrangeiro representa 7% da renda global de Bollywood, de um total de 89,3 bilhões de rúpias (1,9 bilhão de dólares). Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha e Europa somam os dois terços dos lucros proveniente do exterior, segundo uma recente pesquisa da KPMG sobre a indústria de entretenimento na Índia.

As Américas do Sul e Central não figuram neste relatório. O diretor de "Kites", Anurag Basu, disse aos jornalistas que o cinema indiano - que causa um verdadeiro fanatismo na Índia - deveria ter uma melhor recepção no exterior.

"Fico triste que o mundo só conheça a Mira Nair (estabelecida nos Estados Unidos, diretora de "Salaam Bombay!" ou de "Casamento à Indiana", "Feira das Vaidades") e Deepa Mehta (estabelecido no Canadá, diretor de "Elements Trilogy")", explicou.

Em uma recente turnê promocional na capital indiana do entretenimento, Mumbai, Bárbara Mori, a protagonista de "Kites", afirmou que este filme, em que fala em espanhol, tem um atrativo universal.

"Nossa intenção com esse filme era a de criar uma história de amor emotiva, pois as emoções são comuns a todo ser humano através do mundo, mesmo que os protagonistas do filme não falem o idioma do outro", explicou.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaÁsiaArteEntretenimentoCinemaÍndia

Mais de Negócios

Floripa é um destino global de nômades digitais — e já tem até 'concierge' para gringos

Por que essa empresa brasileira vê potencial para crescer na Flórida?

Quais são as 10 maiores empresas do Rio Grande do Sul? Veja quanto elas faturam

‘Brasil pode ganhar mais relevância global com divisão da Kraft Heinz’, diz presidente