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Boeing trabalha em acordos para vendas de modelos 777 e 787

Empresa, no entanto, não acredita que a demanda por grandes aeronaves se recupere até 2012

Aeronave modelo 787, da Boeing: presidente-executivo da empresa prevê retomada de lucros só no ano que vem (Divulgação)

Aeronave modelo 787, da Boeing: presidente-executivo da empresa prevê retomada de lucros só no ano que vem (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

Berlim - A Boeing está trabalhando em acordos para vender os modelos 777 e 787 a uma série de companhias aéreas pelo mundo, mas não vê uma recuperação decisiva na demanda por aeronaves grandes até 2012, afirmou o diretor da aérea de transporte de passageiros.

Os comentários ocorrem quando a indústria avalia uma possível retomada na demanda por parte de companhias áreas do Golfo Pérsico e um repentino aumento no otimismo por parte da associação que representa as empresas aéreas, Iata, que reviu nesta segunda-feira previsão de prejuízo anual do setor para lucro anual.

"Espero que a Iata esteja certa, mas eu não estou tão otimista", disse Jim Albaugh, presidente-executivo da Boeing Commercial Airplanes, à Reuters.

"Continuo achando que as companhias aéreas voltarão ao lucro em 2011 e 2012 será o ano em que veremos elas aumentando os pedidos de aeronaves maiores", disse Albaugh.

A rival europeia Airbus informou no final de semana que vai anunciar encomendas durante a feira de aviação de Berlim.

Executivos da indústria afirmam que há crescente especulação de que pesos-pesados do Golfo Pérsico, como a Emirates, podem anunciar encomendas de jatos da Airbus e da Boeing, em breve.

A Boeing, que recentemente informou que vai impulsionar a produção do popular 737 para 34 unidades por mês, está avaliando se ampliará mais o fluxo de montagem, disse Albaugh.

O executivo afirmou ainda que a Boeing defenderá a posição da companhia no mercado de aviões com cerca de 150 lugares.

"Não abandonaremos o mercado de aviões pequenos", disse ele.

Airbus e Boeing estão competindo entre si por clientes enquanto tentam se defender do desafio da família de aviões CSeries da Bombardier, com capacidade para 100 a 145 passageiros, e as perspectivas de competição vinda da China mais no longo prazo.

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