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Boeing terá fatia de 51% em nova empresa com Embraer, diz jornal

A Boeing concordou com a exigência do governo de que a empresa norte-americana não tenha mais do que uma participação controladora de 51%

Avião da Boeing: parceria com empresa brasileira (foto/Divulgação)

Avião da Boeing: parceria com empresa brasileira (foto/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 25 de fevereiro de 2018 às 16h17.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2018 às 16h19.

Brasília -- A Boeing terá uma participação de 51 por cento em uma empresa atualmente em negociação com a fabricante brasileira de aeronaves Embraer, informou o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, neste domingo.

A Boeing concordou com a exigência do governo brasileiro de que a empresa norte-americana não tenha mais do que uma participação controladora de 51 por cento, disse Jardim, sem citar fontes.

A Boeing não respondeu imediatamente a pedidos de comentários. A Embraer afirmou que não vai comentar a informação.

A Boeing procurou a aprovação do governo brasileiro para uma parceria com a Embraer que criaria uma nova empresa focadana aviação comercial, excluindo a unidade de defesa da Embraer, reportou a Reuters há três semanas.

O jornal Valor Econômico informou posteriormente que a proposta da Boeing daria a ela uma participação de 80 por cento a 90 por cento em um novo negócio de jatos comerciais com a Embraer.

A Embraer é a terceira maior fabricando de aviões e a líder no mercado de jatos regionais com 70 a 130 lugares. Com o contrato proposto, a Boeing seria o líder do mercado de aviões menores de passageiros, criando concorrência mais forte para o programa de aeronaves CSeries projetado pela Bombardier do Canadá e apoiado pelo rival europeu Airbus. O

plano inicial da Boeing para comprar a Embraer foi rejeitado pelo governo brasileiro porque este não queria uma empresa estrangeira controlando sua unidade de defesa por razões de segurança estratégica.

O governo mantém uma "golden share" na Embraer, anteriormente uma empresa estatal, que lhe dá poder de veto sobre decisões estratégicas, incluindo a aproximação da Boeing.

Na quinta-feira, o ministro da Defesa brasileiro, Raul Jungmann, disse a repórteres que a Boeing entendeu a recusa do Brasil em desistir do controle da Embraer. Ele disse que as negociações sobre a criação de uma terceira empresa estavam avançando bem.

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