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Boeing e Airbus se preocupam com guerra comercial entre China e EUA

Fabricantes fizeram seus comentários no primeiro dia da bianual Airshow China, evento de aviação

Airbus e Boeing querem ver o fim da guerra comercial entre China e EUA (Bobby Yip/Reuters/Reuters)

Airbus e Boeing querem ver o fim da guerra comercial entre China e EUA (Bobby Yip/Reuters/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 12h11.

Zhuhai, China - As duas maiores fabricantes de aviões do mundo sinalizaram nesta terça-feira que querem ver o fim de uma conturbada guerra comercial entre Washington e Pequim, conforme a China inaugura sua maior feira de aviação que mostra suas ambições no setor.

A Boeing e a Airbus fizeram seus comentários no primeiro dia da bianual Airshow China, realizada entre 6 e 11 de novembro, que é tradicionalmente um evento para Pequim exibir sua crescente proeza na aviação.

A China tornou-se um importante local de negociação para empresas estrangeiras de aviação graças à crescente demanda por viagens, mas a perspectiva se complicou com o desejo de Pequim de impulsionar suas próprias gigantes nacionais em setores desde aviação até chips para robótica.

As relação com os Estados Unidos foram particularmente afetadas, com os dois lados recorrendo a tarifas sobre mercadorias no valor de bilhões de dólares. Embora as aeronaves fabricadas nos EUA, que estão entre as maiores exportações da América para a China, até agora tenham escapado das tarifas de Pequim, os analistas esperam para ver o que a guerra comercial significaria para as empresas dos EUA como a Boeing.

George Xu, principal executivo na China da Airbus, maior rival da Boeing, disse em coletiva de imprensa que a fabricante europeia não espera um aumento de vendas devido às tensões sino-americanas.

Em comentários cuidadosamente redigidos, o vice-presidente sênior de vendas para o nordeste da Ásia da Boeing, Rick Anderson, disse que a China era um mercado de aviação em rápido crescimento e que acreditava que Washington e Pequim entendiam isso.

"Continuamos a nos engajar com os líderes norte-americanos e chineses e continuamos a estimular conversas produtivas para resolver as discrepâncias comerciais", disse ele. "Estamos otimistas para uma solução rápida".

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