Negócios

Boeing e Airbus fecham negócios de US$ 17 bilhões no Paris Air Show

Com as companhias aéreas lutando para lidar com o excesso de capacidade, alguns analistas alertam que ambas poderão enfrentar cancelamentos de encomendas

Vista aérea: US$ 17 bilhões de dólares em negócios fechados entre Airbus e Boeing no segundo dia do Paris Airshow (Pascal Rossignol/Reuters)

Vista aérea: US$ 17 bilhões de dólares em negócios fechados entre Airbus e Boeing no segundo dia do Paris Airshow (Pascal Rossignol/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 18 de junho de 2019 às 11h05.

Última atualização em 18 de junho de 2019 às 13h27.

LE BOURGET, França — A Airbus e a Boeing conseguiram mais de 17 bilhões de dólares em negócios fechados no segundo dia do Paris Airshow, enquanto suas equipes buscavam obter pedidos após uma queda nas vendas em muitas companhias aéreas e a suspensão da aeronave mais vendida da Boeing.

A Airbus ampliou sua liderança em pedidos no evento com um acordo de 6 bilhões de dólares nesta terça-feira para vender 36 aviões à companhia aérea das Filipinas, Cebu Air, incluindo 10 aeronaves do novo modelo A321XLR de longo alcance lançado na segunda-feira.

A empresa europeia também fechou um acordo para vender mais 30 aviões A320neo para a Saudi Arabian Airlines, no valor de 3,3 bilhões de dólares a preços de tabela, enquanto a AirAsia , da Malásia, trocou 253 pedidos de A320neo para o modelo maior A321neo. Os termos financeiros do acordo com a AirAsia não foram divulgados.

A Boeing, entretanto, conseguiu um impulso muito necessário após um início lento do evento na segunda-feira, quando a Korean Air comprometeu-se a comprar 20 aeronaves 787 Dreamliners da empresa dos Estados Unidos, por 6,3 bilhões de dólares a preço de tabela. A Air Lease também se comprometeu a comprar cinco 787, valendo cerca de 1,5 bilhão de dólares.

Apesar da recente atividade, o maior evento anual da indústria aeroespacial foi mais silencioso do que o normal, alimentando especulações de que um boom de uma década poderia estar chegando ao fim.

Com as companhias aéreas lutando para lidar com o excesso de capacidade, alguns analistas alertam que a Airbus e a Boeing poderão enfrentar um número crescente de cancelamentos de suas volumosas encomendas.

"Embora os investidores tenham começado a fazer perguntas sobre o estado do ciclo ascendente, a indústria aeroespacial permanece muito confiante no cenário atual do mercado", disseram analistas da Vertical Research Partners em nota.

Acompanhe tudo sobre:AirbusAviaçãoBoeing

Mais de Negócios

Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida