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Boeing descobre mais uma falha no modelo 737 MAX, diz jornal

Em 2020, um relatório do Congresso dos EUA apontou "falhas de design e uma cultura de acobertamento" na Boeing

Novo defeito foi constatado em 50 aeronaves que ainda não foram entregues ao mercado (Mike Blake/Reuters)

Novo defeito foi constatado em 50 aeronaves que ainda não foram entregues ao mercado (Mike Blake/Reuters)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 6 de fevereiro de 2024 às 05h30.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2024 às 10h00.

Os problemas da Boeing com um de seus modelos parecem longe do fim. Um fornecedor da fabricante teria cometido uma falha na perfuração de dois buracos na fuselagem de aeronaves do tipo 737 MAX. Essas perfurações teriam sido realizadas fora dos padrões da própria Boeing.

O defeito foi constatado em 50 aeronaves que ainda não foram entregues ao mercado, segundo um memorando interno da Boeing obtido pelo The Wall Street Journal. A falha não afetaria a segurança dos voos.

Bastante popular na aviação comercial, o 737 MAX voltou a ter destaque no noticiário no começo deste ano depois que uma aeronave perdeu uma porta em pleno voo nos Estados Unidos no início de janeiro, causando despressurização e um pouso de emergência.

O acidente não teve vítimas e levou à suspensão por três semanas do modelo 737 Max 9 pela agência americana reguladora. A medida afetou mais de 170 aviões.

Modelo teve acidentes anteriores

A fornecedora Spirit Aerosystems, a mesma do problema dos buracos na fuselagem, apresentou falhas semelhantes no ano passado, com problemas na perfuração de centenas de buracos na fuselagem – mais precisamente na barreira que sela os fundos da aeronave.

Antes, no início de 2023, a Spirit Aerosystems também foi responsabilizada por problemas na cauda de quase 170 novas aeronaves 737 MAX - na conexão entre a fuselagem e a barbatana, conhecida como estabilizador vertical.

Já entre 2018 e 2019, o 737 MAX 8 registrou dois acidentes fatais em um intervalo de seis meses. Os episódios, na Indonésia e na África do Sul, deixaram 346 mortos, entre passageiros e tripulantes.

Em 2020, um relatório do Congresso dos EUA apontou "falhas de design e uma cultura de acobertamento" na Boeing.

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