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Boeing afirma que elaborou "solução final" para 787

"As soluções que colocamos em prática tem três camadas de proteção, e nós sentimos que levam em conta qualquer incidente que possa ocorrer", disse o CEO da empresa


	A Boeing espera que o pacote de correções seja suficiente para fazer com que os 50 Dreamliners ao redor do mundo voltem a voar depois de passar seis semanas no chão 
 (AFP/ Saul Loeb)

A Boeing espera que o pacote de correções seja suficiente para fazer com que os 50 Dreamliners ao redor do mundo voltem a voar depois de passar seis semanas no chão (AFP/ Saul Loeb)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 06h13.

Tóquio - O executivo-chefe da unidade de aviões comerciais da Boeing disse nesta quinta-feira que a empresa elaborou um conjunto de "soluções permanentes" que abordam os problemas de segurança das aeronaves 787.

"Não é uma solução provisória. Esta é uma solução permanente", disse Raymond Conner, o CEO de negócios de aviões comerciais da Boeing, após uma reunião com o ministro dos Transportes do Japão, Akihiro Ohta.

Conner enfatizou que a confiança da empresa, que tem sede em Chicago, na segurança da tecnologia das baterias de lítio permanece inabalável. Em fevereiro, a fabricante de aviões Airbus disse não vai mais usar as baterias em seus novos aviões A350 para evitar empecilhos regulatórios que poderiam atrasar as entregas.

"Não vejo nada nesta tecnologia que nos diga que isso não é a coisa apropriada a se fazer", disse Conner.

"O conjunto de soluções que colocamos em prática tem três camadas de proteção, e nós sentimos que esta solução leva em conta qualquer possível incidente que possa ocorrer, qualquer fator causal", afirmou o CEO, acrescentando que a empresa está muito confiante de que essa correção será permanente e a permitirá a continuar com esta tecnologia.

Conner está em Tóquio para explicar as correções propostas pela fabricante de aviões dos EUA para resolver os problemas de segurança com a bateria de lítio-íon, que têm levado a um cancelamento mundial de voos do modelo de aeronave Dreamliner.


A Boeing espera que o pacote de correções seja suficiente para fazer com que os 50 Dreamliners ao redor do mundo voltem a voar depois de passar seis semanas no chão em meio a uma investigação sobre incidentes com duas baterias.

Conner não indicou um cronograma para quando os aviões devem retomar o serviço. Ele apenas para disse que está "confiante" que o 787 "vai voltar a voar em breve".

O executivo da Boeing disse também que a GS Yuasa Corporation, a fabricante das baterias, está de acordo com solução final sugerida. Ele disse que não há problemas entre os dois e que eles têm uma "grande parceria".

Na quarta-feira, o Wall Street Journal informou que, nos bastidores, há divergências entre os dois lados sobre as correções propostas, uma vez que a fabricante de baterias japonesa sugeriu que as melhorias em discussão são insuficientes.

Na semana passada, a Boeing apresentou à Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) seu pacote de correções, que inclui células mais separadas e resistentes, além de uma nova proteção à prova de fogo em torno das baterias.

Conner deve se reunir com o chefe do Departamento de Aviação Civil, o equivalente japonês da FAA na quinta-feira. Um porta-voz da Boeing, disse que Conner deve visitar seus clientes no Japão durante os próximos dias. As informações são da Dow Jones.

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