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BNP alerta para perdas bilionárias em investigação

O banco francês alertou que pode ter de cobrir potenciais multas por alegadas violações a sanções norte-americanas


	Grupo BNP Paribas: a empresa anunciou um lucro líquido de 1,67 bilhão de euros no primeiro trimestre, 5,2% superior ao mesmo período do ano passado
 (Loic Venance/AFP)

Grupo BNP Paribas: a empresa anunciou um lucro líquido de 1,67 bilhão de euros no primeiro trimestre, 5,2% superior ao mesmo período do ano passado (Loic Venance/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 06h30.

Paris - O banco francês BNP Paribas alertou que pode ter que arcar com perdas bilionárias para cobrir potenciais multas por alegadas violações a sanções norte-americanas.

O alerta veio no documento de divulgação do resultado trimestral, o qual anunciou um lucro líquido de 1,67 bilhão de euros no primeiro trimestre, 5,2% superior ao mesmo período do ano passado.

O número foi parcialmente influenciado pela aquisição de 25% de participação detida pelo governo belga na BNP Paribas Fortis.

Já as receitas caíram 0,6%, para 9,91 bilhões de euros, prejudicadas pelo declínio no segmento de renda fixa.

Em nota, o banco alertou que as discussões com as autoridades dos EUA "demonstram que um elevado nível de incerteza existe quanto à natureza e a quantidade de penalidades que as autoridades dos EUA podem impor ao banco".

"Há a possibilidade de que a quantidade das multas pode ser muito em excesso ao volume da provisão."

O BNP Paribas informou ter separado US$ 1,1 bilhão em provisões em fevereiro após uma investigação interna conduzida nos últimos anos ter mostrado um significativo volume de transações de 2002 a 2009 que podem não estar de acordo com as leis e a regulação nos EUA.

Nos últimos anos, Barclays, ABN Amro, Lloyds Banking Group, Clearstream, ING Groep, Crédit Suisse, Standard Chartered e HSBC pagaram coletivamente mais de US$ 5 bilhões em multas para encerrar processos envolvendo violações a sanções contra Irã, Líbia, Sudão ou Cuba.

Segundo o documento publicado pelo BNP, Société Générale e Crédit Agricole também estão em conversas com as autoridades norte-americanas sobre possíveis quebras de sanções. Fonte: Dow Jones Newswires.

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