Negócios

BNDES pede à Justiça que Odebrecht elabore outro plano de recuperação

Em nota, a instituição apresentou neste sábado uma contestação ao pedido por considerá-lo "incapaz" de salvar a empresa

BNDES: plano pode ser insuficiente para salvar o grupo (Sergio Moraes/Reuters)

BNDES: plano pode ser insuficiente para salvar o grupo (Sergio Moraes/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 5 de outubro de 2019 às 13h02.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou à Justiça uma contestação ao plano de recuperação judicial do grupo Odebrecht por considerá-lo incapaz de salvar a empresa do risco de uma eventual falência e pediu que um novo plano seja elaborado, informou em nota o banco neste sábado.

No documento, o BNDES questiona as bases do plano apresentado pela construtora, que tem uma dívida bilionária com o banco de fomento. O plano tem como objetivo equacionar dívidas de cerca de 98 bilhões de reais.

A dívida da Odebrecht com o BNDES é de mais de 8 bilhões de reais e apenas parte do volume tem como garantia ações da empresa do ramo petroquímico Braskem, considerada um dos melhores ativos do grupo Odebrecht.

"O BNDES apresentou ontem (4 de outubro) sua objeção ao plano de recuperação judicial da Odebrecht", informou o BNDES, neste sábado, por meio de sua assessoria de imprensa.

"O BNDES considerou que a proposta não demonstra capacidade de recuperação da empresa", acrescentou a nota.

Movimento semelhante a esse já tinha sido feito pelo Banco do Brasil. Já a Caixa Econômica Federal foi mais além e pediu à Justiça a falência da Odebrecht.

Ao longo dos governos do PT, o grupo Odebrecht foi um dos grandes tomadores de empréstimos junto ao BNDES para seus investimentos locais e até internacionais.

Acompanhe tudo sobre:BNDESNovonor (ex-Odebrecht)Recuperações judiciais

Mais de Negócios

Revo: a plataforma de mobilidade aérea que conquistou Felipe Massa

Inovação ou acaso? A estratégia ousada do Airbnb, que reinventou o jeito de explorar o mundo

Falta de transparência na conta de luz pode custar até 50% a mais para as empresas

Com investimento responsável, a Cosan assume protagonismo na transição energética