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BNDES desaloja Centro Internacional para cortar gastos

O Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento será desalojado do espaço de 190 metros quadrados que ocupava no centro do Rio


	BNDES: também não terá mais aluguel, condomínio e taxas de R$ 55,5 mil mensais pagos pelo BNDES, ao qual o centro estava vinculado desde a criação
 (Vanderlei Almeida/AFP)

BNDES: também não terá mais aluguel, condomínio e taxas de R$ 55,5 mil mensais pagos pelo BNDES, ao qual o centro estava vinculado desde a criação (Vanderlei Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2016 às 00h04.

Rio - Fundado em 2005 por sugestão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento será desalojado do espaço de 190 metros quadrados que ocupava no sofisticado edifício comercial Ventura, no centro do Rio.

Também não terá mais aluguel, condomínio e taxas de R$ 55,5 mil mensais pagos pelo BNDES, ao qual o centro estava vinculado desde a criação.

A suspensão do pagamento faz parte da política de corte de gastos adotada pela nova administração do BNDES, sob o comando da economista Maria Silvia Bastos Marques, nomeada pelo presidente em exercício Michel Temer.

O Centro Celso Furtado, que homenageia o economista morto em 2004, funcionava no subsolo do edifício-sede do BNDES. Mudou-se em 2013, quando, por causa de obras no prédio principal, o banco alugou 13 andares do edifício Ventura. Duas salas foram reservadas para a instituição de pesquisa.

A nova gestão do BNDES decidiu levar a maior parte dos funcionários de volta para a sede e comunicou a decisão de não mais arcar com os gastos do centro.

"A principal razão para o BNDES não continuar a prover o espaço físico para a atuação do centro é não hospedar em suas instalações, tampouco custear diretamente aluguel e condomínio, de um centro de estudos específico, sem qualquer vinculação ao corpo técnico do banco. Ainda não está definido o prazo para desocupação do espaço", informou o BNDES em nota.

Questionado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o banco informou que a decisão "não tem nada de ideológico".

Diretor-presidente do centro, o ex-prefeito e ex-senador Saturnino Braga disse que está buscando uma alternativa para a sobrevivência do centro.

"Quero crer que não tem a ver com a questão política, porque a medida de corte de gastos é geral. A nova filosofia é aumentar o lucro do banco e reduzir despesas que podem ser cortadas, como entenderam que é o nosso caso. Mas, é claro que o pensamento de Celso Furtado sempre foi desenvolvimentista, e não mercadista, como é a orientação do governo atual. Existe uma diferença entre o centro e a nova administração do BNDES. Mas nós temos mais de 200 sócios, entre eles o Serra (José Serra, do PSDB, ministro das Relações Exteriores do governo em exercício)", afirmou Saturnino.

O site do centro diz que, desde a fundação, a instituição foi apoiada por BNDES, Petrobras, Caixa Econômica Federal e Eletrobrás.

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