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BNDES aprova R$ 3,37 bi para nova fábrica da Klabin

Projeto irá dobrar capacidade de produção da companhia com a entrada em funcionamento de uma nova fábrica de celulose em Ortigueira


	Fábrica da Klabin: trata-se do maior crédito aprovado pelo banco de fomento para uma empresa do setor de papel e celulose
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Fábrica da Klabin: trata-se do maior crédito aprovado pelo banco de fomento para uma empresa do setor de papel e celulose (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2014 às 12h58.

Rio - A Klabin, maior produtora de papéis para embalagens do Brasil, avançou nesta quinta-feira, 13, na consolidação do chamado Projeto Puma, que irá dobrar a sua capacidade de produção em dois anos com a entrada em funcionamento de uma nova fábrica de celulose em Ortigueira, no Paraná.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que a sua diretoria aprovou financiamento de R$ 3,37 bilhões para a construção da unidade.

Trata-se do maior crédito aprovado pelo banco de fomento para uma empresa do setor de papel e celulose. O recorde anterior de R$ 2,7 bilhões, autorizado em 2011 para a Eldorado Celulose e Papel construir uma fábrica também de celulose.

As condições do financiamento não foram divulgadas, mas se tornarão públicas quando o contrato for assinado. Em média, os documentos são firmados após cerca de 30 dias da aprovação do crédito.

Os recursos do BNDES vão representar 43,6% do investimento total, de R$ 7,728 bilhões. Desse montante, R$ 5,8 bilhões serão investidos na área industrial. São previstos ainda gastos de R$ 800 milhões em pagamento de impostos recuperáveis sobre os equipamentos e R$ 600 milhões em infraestrutura, também recuperáveis por créditos de ICMS, conforme acordo assinado com o governo do Estado do Paraná. Outros R$ 500 milhões são referentes ao capital de giro.

A fábrica terá capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, sendo 1,1 milhão de toneladas de fibra curta e 400 mil toneladas de fibra longa. A estimativa é de que a unidade comece a funcionar no primeiro trimestre de 2016 - a Klabin está atualmente fazendo a terraplanagem do local. No final do ano passado, a empresa tinha capacidade instalada de cerca de 1,7 milhão de toneladas de celulose.

Debêntures - O BNDES informou ainda que está finalizando negociações para aportar, por meio de subscrição de debêntures , uma parcela adicional de R$ 800 milhões ao projeto. Em janeiro deste ano, a Klabin informou a conclusão de uma emissão de debêntures conversíveis em ações, totalizando capitalização de R$ 1,7 bilhão.

Segundo o banco de fomento, os investimentos na nova fábrica vão gerar 1,4 mil empregos diretos quando a unidade entrar em operação, em 2016. Durante as obras, serão até 8,5 mil postos, entre diretos e indiretos.

Além disso, o apoio do banco também será destinado ao ensino profissionalizante para trabalhadores da região. Segundo o banco, a nova unidade representará a entrada da Klabin no segmento de celulose de mercado e celulose fluff, matéria-prima utilizada na produção de itens como fraldas e absorventes.

O BNDES informou ainda que o escoamento de parte da produção para o mercado externo será feito por ferrovias da fábrica até o porto de Paranaguá, onde a celulose será armazenada e posteriormente embarcada para os destinos internacionais.

De acordo com a instituição, o projeto prevê também a construção de um novo armazém no porto de Paranaguá, com área útil de estocagem de 17 mil metros quadrados e capacidade de estocagem de até 80 mil toneladas de celulose. A Klabin vai investir R$ 3,56 bilhões neste ano, dos quais R$ 2,76 bilhões no Projeto Puma.

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