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BNDES acredita em recuperação da OGX

A companhia do bilionário Eike Batista recebeu créditos de R$ 10,4 bilhões do banco estatal


	Os papéis ordinários da OGX cotados no Ibovespa tiveram quedas nas três últimas sessões da bolsa de São Paulo que superam 70%
 (Fernando Cavalcanti/EXAME.com)

Os papéis ordinários da OGX cotados no Ibovespa tiveram quedas nas três últimas sessões da bolsa de São Paulo que superam 70% (Fernando Cavalcanti/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 06h22.

Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) expressou nesta quarta-feira sua confiança na recuperação da companhia petrolífera OGX, do bilionário Eike Batista, que recebeu créditos de R$ 10,4 bilhões do banco.

No entanto, a principal instituição de fomento do país afirmou em comunicado que o crédito ainda não foi concedido em sua totalidade por causa do calendário de execução dos projetos financiados.

A entidade "está acompanhando o desenrolar dos fatos relacionados com o Grupo EBX - controlado por Eike Batista -, que dispõe de ativos sólidos e valiosos, e confiamos na capacidade dos responsáveis de encontrar a melhor solução para superar os atuais desafios".

A OGX anunciou na segunda-feira que suspenderá suas operações em três poços do campo de Tubarão Azul.

O anúncio derrubou os papéis ordinários da OGX cotados no Ibovespa, com quedas nas três últimas sessões da bolsa de São Paulo que superam 70%.

O BNDES, além disso, assinalou que sua participação nas ações das empresas do grupo EBX representa 0,6% do fundo BNDespar, o braço do banco no mercado de capitais, e afirmou que o contrato de crédito está amparado com garantias bancárias.

"Com isso, a exposição direta da EBX representa uma parte muito pequena do patrimônio líquido de referência do BNDES", disse o banco.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, descartou hoje que o governo esteja estudando algum tipo de medida para ajudar o Grupo EBX nestes momentos de crise.

A agência de qualificação de risco Standard & Poor"s (S&P) rebaixou na terça-feira a nota de risco da OGX, que passou de B- para CCC, um nível considerado como de "alto risco de inadimplência", segundo a escala da entidade.

Com uma perspectiva "negativa", a S&P fez a mesma qualificação da agência Fitch, divulgada no dia 14 de junho.

 

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