Logo da BMW sendo colocado no carro: montadora tem meta de vender mais de 2 milhões de carros este ano (Sean Gallup/Staff/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2014 às 18h16.
Frankfurt - A BMW reduziu discretamente suas expectativas para as vendas de automóveis este ano, apesar de divulgar lucro operacional acima das previsões no terceiro trimestre, quando a forte demanda por veículos utilitários esportivos ajudou a compensar vendas fracas de carros elétricos.
Apesar de a BMW manter sua meta de vender mais de 2 milhões de carros este ano, o vice-presidente financeiro, Friedrich Eichiner, disse na terça-feira que a BMW agora espera um aumento "sólido" das vendas em 2014, recuando de uma previsão anterior de um aumento "significativo".
Instado a esclarecer os termos, um porta-voz da companhia disse que um aumento "significativo" equivale a um aumento de vendas percentuais na faixa de um dígito alto a dois dígitos baixos, e que "sólido" é abaixo disso.
No ano passado, o BMW Group, que inclui as marcas Mini e Rolls-Royce, vendeu 1.964.000 carros. Mas o panorama econômico piorou nos últimos meses. Apenas em setembro, as vendas na Rússia caíram 27 por cento.
"Temos de nos concentrar na rentabilidade", disse Eichiner, explicando que a empresa da Baviera está disposta a renunciar a algum volume de vendas para proteger suas margens.
BMW apostou grande em veículos elétricos e carros de pequeno porte, como o Mini. Mas foram os utilitários, como o modelo offroad X5, que ajudaram a impulsionar as vendas e as margens da BMW no terceiro trimestre.
Nos últimos três meses as vendas de carros da marca BMW subiram 6,9 por cento, com a demanda pelos utilitários X1, X4 e X5 ajudando a elevar as margens operacionais para carros da BMW a 9,4 por cento, acima da margem de 8,6 por cento da rival Mercedes-Benz e de 9,2 por cento da marca Audi, da Volkswagen.
O lucro trimestral antes de juros e impostos (EBIT) cresceu 17 por cento, para 2,26 bilhões de euros (2,8 bilhões de dólares), acima da previsão média de 2 bilhões de euros segundo pesquisa da Reuters com analistas.