BMW X3 Competition: Até agora, a tábua de salvação da BMW tem sido SUVs de alto nível, como o carro-chefe X7 e uma nova versão do cupê M8 com foco em desempenho M8 (Denis Ribeiro/Stock Car/Divulgação)
Karin Salomão
Publicado em 11 de janeiro de 2020 às 06h00.
Última atualização em 11 de janeiro de 2020 às 07h00.
A BMW disse que atingiu recorde de vendas no ano passado e que 2020 pode ser ainda melhor, ignorando um mercado europeu desaquecido e a queda da demanda na China.
A empresa com sede em Munique vendeu 2,52 milhões de carros em 2019, disse Pieter Nota, diretor de vendas da BMW. O volume representa aumento de 1,2% em relação a 2018, quando a montadora vendeu 2,49 milhões de BMWs, Minis e Rolls-Royces.
“Olhamos o ano que começa com confiança e pretendemos aumentar as vendas novamente em 2020”, disse o executivo em comunicado.
O tom otimista de Nota vi na contramão do setor. A China deve ter fechado 2019 com outra queda anual das vendas de carros, e os números da indústria na Europa que saem na próxima semana também podem mostrar a mesma trajetória.
Até agora, a tábua de salvação da BMW tem sido SUVs de alto nível, como o carro-chefe X7 e uma nova versão do cupê M8 com foco em desempenho M8. A empresa quer mais do que dobrar as vendas desses veículos em 2020 em comparação a 2018.
Como as rivais, a BMW precisa equilibrar a dependência de modelos tradicionais com a transição para os carros elétricos se quiser evitar altas multas da União Europeia para emissões que entraram em vigor em 2020. As regras serão ainda mais rígidas em 2021, o que pode representar bilhões em multas para as montadoras do bloco se suas frotas não atingirem as metas médias de emissão.