Negócios

BMW alerta sobre riscos de pandemia após recuperação de lucro no 3° tri

A China foi responsável por 34% de todas as entregas de carros novos do BMW Group no terceiro trimestre

BMW: empresa vê recuperação com cautela (BMW/Divulgação)

BMW: empresa vê recuperação com cautela (BMW/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 4 de novembro de 2020 às 13h16.

O lucro do terceiro trimestre da BMW aumentou quase 10% graças à demanda chinesa por carros de luxo, mas a montadora alemã alertou que uma nova onda de infecções por coronavírus na Europa e nos Estados Unidos representa um "considerável" risco para seus negócios.

O mundo está mais complexo, mas dá para começar com o básico. Veja como, no Manual do Investidor

As vendas de modelos de luxo como 8 series e o X7 ajudaram a montadora a alcançar um novo recorde de vendas no trimestre, mas a previsão cautelosa da empresa preocupou investidores nesta quarta-feira.

"Depois de uma fase mais estável no ambiente econômico no terceiro trimestre, a pandemia está claramente recuperando a força", disse BMW. "Se a pandemia assumir um curso ainda mais grave e a economia global sofrer uma desaceleração perceptível, a exposição ao risco pode ser considerável, especialmente do lado da demanda."

As ações da BMW tinham leve alta no final desta manhã, após terem operado em queda mais cedo.

O lucro antes de impostos da BMW se recuperou no terceiro trimestre, com alta de 9,6% para 2,46 bilhões de euros, ajudado pelo aumento de 8,6% nas entregas.

A margem do Ebit (lucro antes de juros e impostos) se recuperou para 6,7%, de 10,4% negativos no segundo trimestre e 6,6% um ano antes.

As vendas das marcas BMW e Mini aumentaram 8,6% no terceiro trimestre, principalmente graças a uma alta de 31% na China, que ajudou a compensar uma queda de 15,7% na demanda nos Estados Unidos, onde a pandemia atingiu fortemente as vendas.

A crescente importância da China levou a BMW a abandonar estratégia de buscar "vendas equilibradas em todos os continentes".

"Não gostamos de nos referir a isso como uma dependência (da China). O que está acontecendo é um ajuste natural", disse o presidente-executivo, Oliver Zipse, a jornalistas em teleconferência.

A China foi responsável por 34% de todas as entregas de carros novos do BMW Group no terceiro trimestre, seguida pela Alemanha com 13% e os Estados Unidos com 12%.

Acompanhe tudo sobre:BalançosBMW

Mais de Negócios

Franquias no RJ faturam R$ 11 bilhões. Conheça redes a partir de R$ 7.500 na feira da ABF-Rio

Mappin: o que aconteceu com uma das maiores lojas do Brasil no século 20

Saiba os efeitos da remoção de barragens

Exclusivo: Tino Marcos revela qual pergunta gostaria de ter feito a Ayrton Senna