Negócios

BMG negocia compra dos 51% que o BTG detém no Banco Pan

Banco Pan: o BTG detém 51% das ações ordinárias do Pan, cujo valor de mercado é de R$ 614 milhões


	Banco Pan: o BTG detém 51% das ações ordinárias do Pan, cujo valor de mercado é de R$ 614 milhões
 (Bloomberg)

Banco Pan: o BTG detém 51% das ações ordinárias do Pan, cujo valor de mercado é de R$ 614 milhões (Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 10h18.

São Paulo - O BTG Pactual negocia com o BMG, focado em crédito consignado (com desconto em folha), o controle do Banco Pan (ex-Panamericano), segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

O banco já teria feito uma proposta e agora disputa o ativo com outros dois interessados, conforme duas fontes de mercado.

A primeira oferta feita pelo BMG, que considerava o valor de mercado do banco, foi considerada baixa na avaliação dos sócios do BTG, apurou o Broadcast.

O banco de André Esteves, preso desde o fim de novembro, detém 51% das ações ordinárias do Pan, cujo valor de mercado é de R$ 614 milhões.

Com 49% das ações ordinárias do banco, a Caixa Econômica Federal foi procurada apenas para fornecer informações para o processo de venda, mas não teria interesse em adquirir a totalidade das ações do banco, conforme fonte.

Embora seja natural compradora, seu interesse, segundo a mesma fonte, é que o banco continue sendo uma instituição privada.

O Pan encerrou setembro com R$ 26,4 bilhões em ativos e patrimônio líquido de R$ 3,6 bilhões. Seu lucro líquido chegou a R$ 44,3 milhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo registrado no mesmo período de 2014.

O banco, cuja carteira de crédito soma R$ 18 bilhões, atua no financiamento de veículos, crédito consignado, pessoal e consórcios.

Uma das linhas de negócios do Pan que poderia interessar ao BMG, conforme fontes, é a de cartões de crédito consignado. A plataforma se originou da compra dos direitos creditórios da carteira do Cruzeiro do Sul, liquidado pelo Banco Central.

O BMG tem joint venture com o Itaú Unibanco em crédito consignado, mas que não contempla a operação de cartões.

Um dos impasses desta negociação é a dívida com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Quando adquiriu o Pan, em 2011, o BTG desembolsou R$ 450 milhões e assumiu a dívida com o Fundo.

O valor atualizado estaria em R$ 4 bilhões. Como precisa de recursos no curto prazo e a dívida é de longo prazo, segundo fontes, o BTG poderia aceitar permanecer com a exposição no Fundo e em troca vender logo sua fatia no Pan.

Procurados, BTG, BMG e Caixa não comentaram. O Pan afirmou desconhecer o assunto. 

Acompanhe tudo sobre:AçõesBanco PANbancos-de-investimentoBMGBTG PactualEmpresasEmpresas abertasHoldings

Mais de Negócios

Ford aposta em talentos para impulsionar inovação no Brasil

Fortuna de Elon Musk bate recorde após rali da Tesla

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem