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BlackBerry pode desistir dos celulares, diz CEO

Segundo John Chen, se companhia não consegue ganhar dinheiro com aparelhos, não deve estar no negócio


	John Chen: se a BlackBerry não consegue ganhar dinheiro com aparelhos, ela não deve estar no negocio
 (Reuters)

John Chen: se a BlackBerry não consegue ganhar dinheiro com aparelhos, ela não deve estar no negocio (Reuters)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 11 de abril de 2014 às 09h15.

São Paulo - O aparelhos celulares da BlackBerry já foram sonho de consumo de muita gente no passado. Hoje, a companhia avalia se o negócio ainda está valendo a pena.

Em entrevista à agência de notícias Reuters, John Chen, presidente da empresa, afirmou que "se a BlackBerry não consegue ganhar dinheiro com aparelhos, ela não deve estar no negocio".

Segundo o executivo, a decisão de desistir dos celulares pode ser tomada no curto prazo. No auge do seu sucesso, a BlackBerry já chegou a vender mais de 50 milhões de aparelhos por ano. No ultimo trimestre, vendeu 2 milhões de unidades.

No ano passado, a BlackBerry chegou a anunciar a criação de um comitê especial a fim de buscar alternativas para as suas operações. Entre as possíveis estratégias, a companhia não descartou, na época, nem a sua venda ou qualquer outro tipo de parceria.

Por meio de comunicado, Dattels Timóteo, presidente da comissão especial do BlackBerry, afirmou que aquele era o momento certo para explorar alternativas estratégicas.

Há mais de dois anos, a BlackBerry enfrenta problemas financeiros, principalmente por conta de um cenário mais competitivo, que tem pesado nas vendas da companhia.

Em julho do ano passado, para cortar custos, a BlackBerry demitiu cerca de 250 de seus funcionários em sua sede em Waterloo, Ontário. Em 2012, a companhia já havia cortado centenas de postos de trabalho para equilibrar o orçamento.

No último ao fiscal da companhia, encerrado em março, a BlackBerry registrou perdas no valor de 5,9 bilhões de dólares.

No último trimestre, companhia teve prejuízo de 423 milhões de dólares contra um lucro de 93 milhões no mesmo período do exercício fiscal anterior.

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