Negócios

Black Friday do Alibaba vende US$ 23 bi em 9h, e mira o Brasil

Dia dos solteiros, data criada pela gigante varejista Alibaba em 2009 vendeu 23 bilhões de dólares em apenas 9 horas, 25% acima de 2018

Taylor Swift durante show: cantora só veio uma vez para o Brasil em evento privado (Stringer/Reuters)

Taylor Swift durante show: cantora só veio uma vez para o Brasil em evento privado (Stringer/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2019 às 06h26.

Última atualização em 11 de novembro de 2019 às 09h34.

São Paulo — Enquanto você dormia, cerca de 500 milhões de chineses gastaram 23 bilhões de dólares nas primeiras nove horas do maior dia de compras do planeta, o dia dos solteiros.

A data foi criada em 2009 pela gigante do comércio eletrônico Alibaba em 2009 e rapidamente se tornou maior que a tradicional Black Friday americana. Este ano, havia grande expectativa sobre as vendas em meio à guerra comercial com os Estados Unidos. As vendas iniciais mostram um impressionante crescimento de 25%.

Para além da China, este ano, o grupo Alibaba, que opera com a marca AliExpress, também mira o Brasil. Para chamar a atenção por aqui, a empresa investiu em uma agressiva campanha de marketing e recrutou influenciadores digitais brasileiros que juntos somam cerca de 150 milhões de seguidores.

Segundo a companhia, a ideia é que em alguns anos o dia dos solteiros se torne tão popular quanto a Black Friday passou a ser desde que chegou ao Brasil, em 2010. Para alcançar o objetivo, além dos descontos que são fornecidos globalmente na data, a AliExpress promete dar cerca de 300 milhões de dólares em cupons de desconto. 

Assim como tudo o que o sol toca na China é grandioso, o dia dos solteiros chega à sua décima edição como a maior data comemorativa do varejo mundial. No ano passado, o grupo Alibaba faturou astronômicos 30 bilhões de dólares com o evento, um aumento de 27% em comparação com 2017, quando a companhia trouxe 24 bilhões de dólares para o caixa.

No ano passado, a tradicional Black Friday norte-americana faturou 6,2 bilhões de dólares, um quinto dos 30 bilhões de dólares do feriado chinês. Para a China, a data reforça o poder e a importância fundamental de seu mercado interno na composição do Produto Interno Bruto do país.

Segundo a revista Economist, 80% dos chineses anunciaram numa pesquisa que vão evitar produtos americanos no dia dos solteiros. Uma artista americana, porém, achou por bem ignorar o quiproquó político e econômico: Taylor Swift cantou, ontem, na festa de gala que abriu oficialmente o feriado de compras. 

Acompanhe tudo sobre:AlibabaChinaEstados Unidos (EUA)Exame Hoje

Mais de Negócios

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica

Num dos maiores cheques do ano, marketplace de atacados capta R$ 300 milhões rumo a 500 cidades