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Bill Gates, Nvidia e Google investem US$ 863 milhões em startup de fusão nuclear

Commonwealth Fusion Systems avança com o reator Sparc e planeja usina Arc em escala comercial até 2028

 (Divulgação)

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Publicado em 29 de agosto de 2025 às 10h18.

A Commonwealth Fusion Systems (CFS), startup de energia de fusão nuclear com sede em Massachusetts, arrecadou US$ 863 milhões em uma nova rodada de investimentos. Dessa vez, teve a participação de empresas e investidores como Nvidia, Google, Breakthrough Energy Ventures e Bill Gates.

O CEO e cofundador Bob Mumgaard afirmou que a captação tem o objetivo de acelerar o setor de fusão nuclear em uma indústria comercial. “Não se trata apenas da fusão como conceito, mas de torná-la um empreendimento industrial”, disse em teleconferência.

Segundo o TechCrunch, até o momento, a CFS já havia levantado quase US$ 3 bilhões, incluindo uma rodada de US$ 1,8 bilhão em 2021, a maior entre startups de fusão nuclear.

Tecnologia e protótipos

A energia de fusão é produzida ao comprimir e aquecer átomos até formarem plasma, liberando grandes quantidades de energia quando ocorre a fusão.

De acordo com informações do TechCrunch, a CFS está construindo o protótipo Sparc em um subúrbio de Boston, com previsão de operação no próximo ano e expectativa de atingir ponto de equilíbrio científico em 2027, quando o reator produzirá mais energia do que consome.

Embora o Sparc não seja projetado para fornecer energia à rede, o protótipo é essencial para validar as capacidades técnicas da CFS. A empresa planeja iniciar a construção da Arc, primeira usina comercial de fusão, entre 2027 e 2028 no estado da Virgínia

Tanto Sparc quanto Arc são tokamaks, reatores que usam ímãs supercondutores para confinar e comprimir plasma.

Investidores

A rodada Série B2 não teve um líder definido, mas contou com aportes de Breakthrough Energy Ventures, Emerson Collective, Gates Frontier, Google e Khosla Ventures, além de NVentures da Nvidia e Galaxy Interactive. Houve também um consórcio japonês liderado por Mitsui & Co. e Mitsubishi Corporation.

Segundo Ally Yost, vice-presidente sênior de desenvolvimento corporativo da CFS, a base ampla de investidores ajudará a empresa a desenvolver a cadeia de suprimentos e buscar parceiros para construir usinas e vender eletricidade. A CFS já firmou contrato com o Google para compra de 200 megawatts da futura usina Arc.

Mumgaard explicou ao TechCrunch que a nova rodada permitirá avançar no Sparc, mas não será suficiente para financiar a Arc, cujo custo deve atingir vários bilhões de dólares.

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