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Bilionário egípcio quer se juntar a russo para comprar a Oi

Em entrevista à Bloomberg, Naguib Sawiris afirmou que este é um bom momento para investir na operadora, talvez em parceria com Mikhail Fridman


	O bilionário egípcio Naguib Sawiris: para ele, Oi é uma empresa de grande potencial, se dívidas forem sanadas
 (Divulgação)

O bilionário egípcio Naguib Sawiris: para ele, Oi é uma empresa de grande potencial, se dívidas forem sanadas (Divulgação)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 21 de junho de 2016 às 19h41.

São Paulo – Uma empresa em crise é sempre um alvo mais fácil para os investidores – e é isso o que a Oi acabou se tornando para o bilionário egípcio Naguib Sawiris, desde ontem, quando a operadora entrou com pedido de recuperação judicial, com uma dívida de R$ 65,4 bilhões.

Dono de uma participação majoritária na Orascom Telecom, ele já havia mostrado interesse em comprar a companhia na semana passada. No entanto, na manhã de hoje, deu uma entrevista à Bloomberg para ratificar a intenção de compra.

Para ele, um aporte bilionário na empresa seria mais que vindo neste momento, em que a operadora tem urgência em deixar suas contas em dia.

"A Oi precisa de um acionista com uma sólida experiência em telecomunicações para resolver os seus problemas operacionais, além de suas dívidas financeiras", disse Sawiris por telefone à agência.

O segundo homem mais rico do Egito não é o único de olho na empresa de telecom mais endividada do Brasil. O investidor russo Mikhail Fridman também fez uma proposta pela companhia de US$ 4 bilhões pela Oi, com a condição de que uma fusão com a Tim acontecesse.

Em fevereiro, depois da resistência da operadora italiana ao negócio, o fundo russo desistiu do negócio.

Sawiris disse que uma fusão entre as duas faz "muito sentido", mas que antes disso a Oi teria de conseguir caminhar sozinha.

De acordo com a Bloomberg, para a compra da operadora, o bilionário egípcio pretende desenhar uma possível parceria com Fridman na investida, mas não detalhou a forma que esse tal acordo poderia tomar. 

Na sua opinião, a Oi teria um grande potencial, se sua dívida, acumulada depois de anos de imbróglios societários, fosse quitada. 

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