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Bilionária do minério: quem é a mulher mais rica da América Latina que superou Eduardo Saverin

O patrimônio de Fontbona vem da multinacional chilena Antofagasta Plc, dona das maiores minas de cobre no Chile e negociada na Bolsa de Valores de Londres

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 17 de junho de 2024 às 13h16.

Última atualização em 17 de junho de 2024 às 14h02.

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O mercado de bilionários na América Latina registra novas movimentações. A chilena Iris Fontbona superou o brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, e assumiu o segundo lugar entre as pessoas mais ricas da região. A liderança é de Carlos Slim, o mexicano por trás da Claro e de um império na área de telecomunicações.

A chilena é dona de uma fortuna estimada em US$ 32,2 bilhões, o equivalente a R$ 174,4 bilhões. No ranking geral, a executiva de 81 anos está na posição de 50ª, segundo dados da lista de bilionários da Bloomberg. O brasileiro acumula US$ 27,4 bilhões. Carlos Slim lidera com US$ 92,1 bilhões.

De onde vem a fortuna

O patrimônio de Fontbona vem da multinacional chilena Antofagasta Plc, dona das maiores minas de cobre no Chile e negociada na Bolsa de Valores de Londres. Fontbona e seus filhos controlam a companhia desde 2005, após a morte do marido, Andrónico Luksic Abaroa, que adquiriu o controle do negócio no começo dos anos 1980. 

A família Fontbona também possui 83% de participação na operação da Quiñenco. O conglomerado chileno de capital aberto atua no mercado financeiro, com o Banco do Chile; cervejeiro, com a Companhia de Cervejaria Unidas (CCU); navegação, com a CSAV; e industrial, com a Invexans.

Fontbona mantém uma vida reservada e com pouca exposição na midiática. Hoje matriarca da família, a chilena casou com Luksic ainda muito nova, aos 18 anos. O empresário era 16 anos mais velho e viúvo com dois filhos do primeiro casamento.

O erro e a fortuna

Para chegar aos bilhões, o fator ‘sorte’ também jogou a favor da família. Filho de pai imigrante croata e mãe chilena, Luksic começou a carreira em uma concessionária Ford nos anos 1950. Logo migrou para a mineração, adquirindo concessões de exploração no deserto do Atacama. 

Em 1954, uma transação contribuiu para que os dígitos escalassem em outro ritmo. Ao vender uma participação em um negócio de cobre para a Nippon Mines, recebeu mais de seis vezes o preço acordado: de 500 mil pesos, a japonesa pagou US$ 500 mil. 

O erro acelerou a expansão do negócio, distribuído hoje por mercados tão distintos como cerveja, pesca, manufatura e, claro, mineração.

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