BHP: empresa espera colher economias de ao menos US$ 4 bilhões até junho de 2017 (REUTERS / Tim Wimborne)
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2014 às 06h46.
Melbourne - A BHP Billiton incrementou nesta segunda-feira seus planos de cortar custos, em um momento em que a maior mineradora do mundo combate a queda acentuada dos preços do minério de ferro, do carvão e do petróleo, e afirmou que os ativos que separará de seu negócio principal ainda são rentáveis.
O presidente-executivo da companhia, Andrew Mackenzie, disse que a prioridade da BHP é manter uma sólida classificação de risco nota "A", manter ou aumentar seu dividendo e investir em projetos de crescimento, antes de devolver capital a acionistas por meio de dividendos especiais ou programas de recompra de ações.
"Dada a volatilidade, nós somente retornaremos o excesso de dinheiro se ele estiver acumulado no balanço, para que haja um alto grau de certeza de que qualquer programa seja concluído", disse ele em instruções a investidores em Sydney.
A BHP espera colher economias de ao menos 4 bilhões de dólares até junho de 2017, ante previsão anterior de 3,5 bilhões de dólares, o que se somaria aos 6,6 bilhões de dólares em custos eliminados nos últimos dois anos, disse Mackenzie.
A companhia reduziu ainda sua previsão para gastos de capital para 4 por cento, a 14,2 bilhões de dólares, para o atual ano financeiro, e disse que os gastos de capital no ano financeiro de 2016 cairão para 13 bilhões de dólares, ajudados pelos planos de cindir suas unidades de alumínio, manganês e prata em uma companhia separada em meados de 2015.
A BHP desapontou investidores em agosto ao não anunciar retornos de capital, que foram evitados conforme a companhia se deparou com a queda dos preços de importantes commodities.
A mineradora global está em melhor forma que suas concorrentes graças à sua estratégia e a um forte balanço financeiro, que está ajudando a empresa apesar do mercado fraco de commodities, disse Mackenzie.