BHP Billiton: o deslizamento em Mariana é considerado a maior catástrofe ambiental da história do Brasil (Robert Cianflone/Getty Images/Getty Images)
AFP
Publicado em 30 de junho de 2017 às 17h09.
Última atualização em 30 de junho de 2017 às 18h18.
A empresa anglo-australiana BHP Billiton descartou a possibilidade de retomar, este ano, as atividades da Samarco, responsável por um desastre que matou 19 pessoas em 2015 em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (Minas Gerais).
A empresa, que é coproprietária da mineradora brasileira, anunciou, ainda, um aporte de 250 milhões de dólares no país.
Em novembro de 2015, o rompimento de um dique de contenção de dejetos da mineradora Samarco provocou um deslizamento de terra que destruiu a cidade vizinha de Bento Rodrigues, deixando 19 mortos.
O deslizamento é considerado a maior catástrofe ambiental da história do Brasil, destruindo ecossistemas ao longo de todo o rio Doce, que atravessa os estados de Espírito Santo e Minas Gerais.
A BHP é coproprietária da Samarco, junto com a Vale. A anglo-australiana afirmou que, antes de retomar suas atividades, precisa de uma autorização do governo brasileiro e de uma avaliação da situação econômica e de segurança.
"Por isso, é pouco provável que as operações da Samarco sejam retomadas em 2017", disse a maior mineradora do mundo em um comunicado.
A companhia ainda anunciou um aporte de 250 milhões de dólares no Brasil. Deles, 174 milhões serão destinados a programas de compensação e o resto a programas demeio-ambiente da Samarco.
A BHP anunciou também um acordo com a promotoria brasileira para prorrogar, até 30 de outubro, o prazo para negociar o acordo de 155 bilhões de reais.