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BHP e Vale chegam a acordo preliminar sobre acidente da Samarco

Donas da Samarco chegaram a um acordo preliminar com promotores brasileiros sobre reparações pelo rompimento da barragem em Mariana (MG)

Tragédia em Mariana: acordo estabelece um cronograma para resolver a ação civil no primeiro semestre (Reuters/Ricardo Moraes)

Tragédia em Mariana: acordo estabelece um cronograma para resolver a ação civil no primeiro semestre (Reuters/Ricardo Moraes)

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Reuters

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 07h41.

Última atualização em 19 de janeiro de 2017 às 08h10.

Sydney / Melbourne - A BHP Billiton, a sócia Vale e a Samarco, de propriedade das duas primeiras, concordaram com procuradores brasileiros com um prazo de 30 de junho para liquidar bilhões de dólares em indenizações decorrentes do desastre de 2015 em uma barragem em Mariana, em Minas Gerais.

O objetivo é consolidar e resolver reivindicações separadas, sendo a maior delas uma ação civil de 47,5 bilhões de dólares movida por procuradores federais no ano passado, disseram as empresas nesta quinta-feira. O acordo não mencionou quaisquer valores que cada parte poderá ter de reservar para as reivindicações ainda por resolver.

Segundo o acordo, a BHP Billiton, a Vale e a Samarco pagarão inicialmente 2,2 bilhões de reais no total para apoiar a compensação e remediação do impacto do rompimento de uma barragem que continha resíduos de mineração. O rompimento --considerado o pior desastre ambiental no Brasil-- matou 19 pessoas e forçou a Samarco a suspender as operações.

As empresas também terão de adiantar 200 milhões de reais para financiar programas para reparar danos e reconstruir as comunidades, conforme um acordo fechado em maio de 2016o, que o governo estimou que custaria 20 bilhões de reais em 15 anos.

"Isso explica como e quando vamos resolver isso com os procuradores", disse o porta-voz da BHP, Paul Hitchins. "Até esse momento, tivemos todos esses tribunais diferentes ouvindo o caso. Isso consolida tudo isso."

Segundo o plano anunciado na quinta-feira, especialistas serão nomeados para assessorar os procuradores federais sobre os impactos do desastre da barragem e quaisquer mudanças que possam ser necessárias para programas de recuperação social e ambiental.

Embora o acordo não tenha abordado o tamanho potencial do passivo final a ser acordado até junho, alguns investidores ainda receberam bem a notícia.

"É um passo positivo, qualquer progresso na resolução de todas as reclamações é uma coisa boa", disse Neil Boyd-Clark, gestor na Arnhem Investment Management.

Alguns esperam que as companhias terão que pagar qualquer coisa perto dos 47,5 bilhões de dólares reivindicados por promotores federais.

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