Negócios

BHG vê maior benefício após Copa do Mundo

Rede hoteleira acredita que o maior benefício da Copa do Mundo virá depois do evento acabar


	Maracanã lotado para a final da Copa das Confederações: presidente do BHG disse que Copa do Mundo irá pontualmente elevar a demanda, tendo reflexos mais significativos nos anos seguintes
 (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)

Maracanã lotado para a final da Copa das Confederações: presidente do BHG disse que Copa do Mundo irá pontualmente elevar a demanda, tendo reflexos mais significativos nos anos seguintes (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 16h43.

São Paulo - Após concluir a compra do hotel Marina Palace em área nobre do Rio de Janeiro, a rede hoteleira Brazil Hospitality Group (BHG) mantém o apetite por ativos cariocas e acredita que o maior benefício da Copa do Mundo virá depois do evento.

Em entrevista à Reuters, o presidente da companhia, Eduardo Bartolomeo, afirmou que o Marina Palace, na orla do Leblon, tem potencial para alcançar margem operacional em linha com a companhia depois de passar por um reposicionamento planejado.

Segundo o executivo, o hotel Regente, em Copacabana, possui margem superior à média da empresa, de 32 por cento, e é o mais rentável da BHG, que opera com exclusividade as marcas do Golden Tulip Hospitality Group no Brasil.

"Quero que o Marina entregue essas margens também, melhorando fortemente a receita dentro de uma proposta de criação de valor para o hóspede", disse, sem mencionar as margens atuais do hotel.

Terceira maior rede hoteleira do país, a BHG desembolsou 151 milhões de reais para comprar o empreendimento numa operação anunciada em outubro passado, e prevê gastar outros 15 milhões de reais para "rejuvenescê-lo" e melhorar sua infraestrutura até 2015.

Avaliando 2014 como o ano de retomada do crescimento, após a captação de 355,5 milhões de reais numa oferta subsequente de ações no ano passado, Bartolomeo afirmou que a companhia segue avaliando aquisições, incluindo no Rio de Janeiro e mais especificamente na Zona Sul e no Centro.


Com o Marina, a BHG passa a somar cinco hotéis na capital fluminense. A empresa espera adicionar o Sofitel Rio à essa base, ainda aguardando uma decisão do Superior Tribunal de Justiça a respeito da compra do hotel.

Em 2011, a empresa anunciou a compra do empreendimento por 184 milhões de reais da Veplan, em recuperação judicial. Pouco tempo depois de revelado o negócio, a francesa Accor fez um depósito de mesmo valor, defendendo direito de preferência por ser locatária do prédio desde 1996.

"É razoável esperar que a justiça delibere sobre isso (neste ano) ... A gente acredita que o STJ vai validar a decisão da justiça do Rio de Janeiro (a favor da BHG)", disse o executivo.

Para Bartolomeo, o interesse pelo Rio de Janeiro, região de maior representatividade para a companhia, se justifica pelo potencial turístico, apesar da BHG também querer crescer em outros locais, como São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Belém (PA).

"O turismo no Brasil tem um potencial de valorização muito grande. Como estamos posicionados no Rio, o upside é melhor ainda", afirmou, acrescentando ver eventual excesso de oferta na Barra da Tijuca, mas não na Zona Zul, em função das limitações de construção impostas pela geografia da região.

Bartolomeo observou que a Copa do Mundo irá pontualmente elevar a demanda, tendo reflexos mais significativos nos anos seguintes.

"O efeito da Copa na África do Sul foi sentido um ano depois. As pessoas conhecem, veem e perdem um pouco do receio", afirmou. "Vai ser muito bom pro futuro", emendou.

Acompanhe tudo sobre:BHGCopa do MundoEmpresasEsportesFutebolHotéisRestaurantesTurismo

Mais de Negócios

Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida