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BG Group vai investir US$ 30 bi no Brasil

Empresa prevê investimentos de 30 bilhões de dólares até o final da década no Brasil

BG: o grupo britânico de óleo e gás inseriu o Brasil em seu horizonte de investimentos (Wikimedia Common)

BG: o grupo britânico de óleo e gás inseriu o Brasil em seu horizonte de investimentos (Wikimedia Common)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2011 às 17h54.

BRASÍLIA - O presidente mundial do Conselho de Administração do BG Group, Robert Wilson, anunciou nesta segunda-feira, após se reunir com a presidente Dilma Rousseff, que pretende investir 30 bilhões de dólares até o final da década no Brasil.</p>

Segundo ele, desde que chegou ao Brasil, em 1994, o BG Group já investiu cerca de 5 bilhões de dólares. Parte dos novos investimentos serão usados para instalação de um centro tecnológico mundial no Brasil.

"O BG Group vai estabelecer seu centro tecnológico global no Brasil, no Rio de Janeiro. Esperamos trabalhar com um determinado número de instituições e universidades de outras partes do país", disse ao sair da reunião com Dilma.

Wilson afirmou que nos próximos dez ou 15 anos o centro consumirá cerca de 1,5 bilhão de dólares. Ele comentou também que o Brasil é parte importante do crescimento do BG Group.

"Achamos que em 2020, 30 por cento da nossa produção venha do Brasil", explicou.

A previsão é que em 2020 a produção da BG Brasil gire em torno de 550 mil barris de óleo equivalente por dia, o que representará um terço da produção total do grupo.

A empresa, que é parceira da Petrobras em vários blocos no cobiçado pré-sal da bacia de Santos, trava com a estatal uma disputa interna sobre o volume de petróleo recuperável em três campos na camada pré-sal da Bacia de Santos (BM-S-9, BM-S-10 e BM-S-11).

Nos cálculos da estatal brasileira, os campos têm capacidade de produção de até 8,1 bilhões de barris. Para o BG, esse montante pode chegar a 10,8 bilhões de barris.

Questionado se esse assunto tinha sido tratado com Dilma, Wilson despistou e disse que as diferenças de cálculo são, na verdade, diferenças do timming dos dados recebidos pelas empresas.

"A diferença central entre a estimativa da Petrobras e a nossa é simplesmente de timming em que as informações foram disponibilizadas para a Petrobras e para a nossa empresa", afirmou o empresário.

Uma fonte da indústria no entanto explicou que a BG veio ao Brasil para tentar resolver essa divergência com a Petrobras, já que o desencontro de informações estaria atrapalhando a valorização da companhia.

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