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Berlusconi finaliza venda do Milan a grupo chinês

Acordo de 740 milhões de euros acontece na esteira da venda da rival Internazionale ao gigante varejista Suning Commerce Group no ano passado

Silvio Berlusconi: ex-premiê italiano decidiu vender o Milano após três décadas no controle dos ex-campeões europeus (Giampiero Sposito/Reuters)

Silvio Berlusconi: ex-premiê italiano decidiu vender o Milano após três décadas no controle dos ex-campeões europeus (Giampiero Sposito/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de abril de 2017 às 12h07.

Milão - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi finalizou a venda do time de futebol Milan a um consórcio liderado por chineses nesta quinta-feira, um negócio de 740 milhões de euros que aumenta a forte presença da China no esporte na Itália.

O acordo, o maior investimento chinês em um clube europeu, acontece na esteira da venda da rival Internazionale ao gigante varejista Suning Commerce Group no ano passado. Uma empresa chinesa também assumiu os direitos de mídia do Campeonato Italiano.

Em um comunicado conjunto, a holding de Berlusconi, Fininvest, disse que vendeu toda sua participação acionária de 99,93 por cento no time à Rossoneri Sport Investment Lux, empresa sediada em Luxemburgo e controlada pelo investidor Yonghong Li, que substituiu o veículo chinês da proposta original.

Os 740 milhões de euros incluem 220 milhões em dívidas. Os compradores, que pagaram uma parcela final de 370 milhões de euros nesta quinta-feira, comprometeram-se a realizar uma recapitalização significativa e a fortalecer as finanças do time, segundo o comunicado.

Berlusconi, de 80 anos, decidiu vender o Milano após três décadas no controle dos ex-campeões europeus por não estar disposto a arcar com o valor adicional necessário para competir com os times de ponta do continente, muitos deles financiados atualmente por proprietários ricos do Oriente Médio e da Ásia.

Ele havia concordado em selar a venda do Milan em agosto, mas a transação enfrentou problemas e levou mais tempo do que o esperado para se completar, já que Pequim está freando aquisições estrangeiras não estratégicas, especialmente na indústria do esporte.

O fundo de equity norte-americano Elliott viabilizou o acordo na última hora concordando em fazer um empréstimo ao Rossoneri Sport Investment.

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