Carolina Ferreira, CHRO da Alelo: “Para atender a diferentes perfis de colaboradores é importante entender o que cada grupo valoriza e investir em soluções versáteis” (Alelo/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 16 de abril de 2025 às 11h00.
Última atualização em 16 de abril de 2025 às 11h02.
Os benefícios corporativos são peças-chave para a atração e a retenção de talentos em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo. De acordo com dados do relatório Global Talent Trends do LinkedIn, 60% dos candidatos consideram a remuneração e os incentivos adicionais como pontos prioritários na escolha de um novo emprego.
Embora a maioria das empresas esteja atenta a essa tendência, atender às necessidades de todos os colaboradores pode ser um desafio. Isso porque o ambiente corporativo vive um momento ímpar, com quatro gerações convivendo nas organizações: baby boomers, geração X, millennials e geração Z.
“Essa é a primeira vez que temos tantos trabalhadores de diferentes idades e necessidades convivendo no mercado de trabalho, o que acaba sendo um desafio ainda maior para qualquer companhia, principalmente da perspectiva de criar uma cultura que contemple, ao memo tempo, as características de cada um destes grupos geracionais. Para adaptar-se a essa nova realidade é preciso realizar alguns esforços, incluindo a capacitação de lideranças e uma reavaliação da própria cultura da empresa”, explica Carolina Ferreira, CHRO da Alelo.
Afinal, cada uma dessas gerações tem particularidades próprias, incluindo o interesse por diferentes benefícios. Assim, é fundamental entender o que cada grupo valoriza, a fim de criar um modelo estratégico de oferta que seja visto pelos colaboradores como um diferencial da companhia.
“Estamos falando do que cada pessoa considera valioso e isso não está atrelado somente ao trabalho, mas a hábitos, costumes e preferências. Os mais jovens, por exemplo, costumam ter uma visão mais de curto prazo, avaliando o que é importante para eles naquele momento, além de valorizarem muito o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Para eles, a flexibilidade nos benefícios oferecidos é algo muito importante. Outras gerações, no entanto, estão mais acostumadas ao pensamento de longo prazo, preferindo plano de saúde e previdência privada, por exemplo”, analisa a executiva.
Para atender a essa diversidade de interesses, a dica de Carolina Ferreira é apostar na personalização. “Não adianta ter um único olhar sobre a oferta de benefícios. Para atender a diferentes perfis de colaboradores é importante entender o que cada grupo valoriza e investir em soluções versáteis”, sugere.
Lançado em 2020, o Alelo Tudo, por exemplo, é uma opção que oferece benefícios flexíveis e adaptáveis para as necessidades de cada companhia e de seus colaboradores. Esta solução apresenta desde opções clássicas, como o benefício alimentação e refeição, inclusive para empresas cadastradas no PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador, até mesmo ajuda de custos com mobilidade, entretenimento, saúde, auxílio home office, antecipação salarial e mais. Em um único dia, o colaborador consegue ter uma jornada de experiência completa, da compra em uma padaria ao abastecimento do carro.
Alelo: companhia mantém um canal de escuta ativo para saber dos colaboradores o que tem mais valor para eles. (Alelo/Divulgação)
“Oferecer aquilo que as pessoas realmente consomem não é só um diferencial para a atração e a retenção de talentos. É também uma questão de boa gestão dos recursos financeiros da empresa. A maior parte das companhias vai investir em oferta de benefícios aos funcionários – e nada pior do que gastar com opções que não são valorizadas por esses colaboradores”, destaca Carolina.
Segundo a executiva da Alelo, para definir escolhas e acertar na estratégia adotada na oferta de benefícios, o segredo é ouvir os colaboradores. Ela destaca que a própria Alelo mantém um canal de escuta ativo para saber dos colaboradores o que tem mais valor para eles.
Recentemente, a empresa fez uma pesquisa interna para avaliar sobre todos os benefícios oferecidos, além de ações de engajamento e eventos – e os resultados foram surpreendentes. Segundo Carolina, entre os insights descobertos estão as ações de engajamento, que são muito mais valorizadas pelos clientes internos do que a empresa imaginava. “Ouvir as pessoas é a forma mais estratégica para qualquer companhia direcionar melhor seus investimentos em todas as áreas. E com os benefícios corporativos não é diferente”, finaliza.