Abílio Diniz: próxima missão é convencer o Casino a apoiar o negócio
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2011 às 11h10.
São Paulo – O empresário Abílio Diniz não participou do anúncio da proposta de fusão entre o Pão de Açúcar e Carrefour. Enquanto a coletiva de imprensa era realizada na sede da Estáter, a butique de investimentos do banqueiro Pérsio de Souza, Abílio encara uma outra missão: convencer, em Paris, o Casino de que o negócio é positivo.
Em nota distribuída à imprensa, Abílio afirma que os benefícios do acordo “são enormes”. “Se aprovada, a operação implicará uma mudança significativa na dimensão da companhia”, diz.
Leia, a seguir, a íntegra da nota de Abílio:
“Como todos sabem, estou sempre em busca de novas oportunidades de crescimento para o Pão de Açúcar, que já é, hoje, a maior empresa de varejo do Brasil e da América do Sul.
Nesse contexto, iniciei conversas com os principais acionistas do Carrefour, na tentativa de alinhar eventual negócio no Brasil, que acabou evoluindo para uma idéia de associação global.
Recentemente, um fundo de investimentos do BTG Pactual se interessou pela potencial operação, tendo enviado à companhia, na data de hoje, proposta para uma associação entre Pão de Açúcar e Carrefour envolvendo não apenas o mercado brasileiro, mas também o mundial, o que representaria um importante passo para a internacionalização da empresa. A proposta prevê investimento do BNDESPar, que se interessou pelo negócio.
Se aprovada, a operação implicará uma mudança significativa na dimensão da companhia. O Grupo Pão de Açúcar fortalecerá e consolidará sua posição de liderança no setor de varejo brasileiro. No mercado internacional, com a participação a ser adquirida no Carrefour França, terá condições de levar os produtos brasileiros para todos os mercados estrangeiros onde o Carrefour já está presente, colocando o Brasil como um dos protagonistas do comércio varejista global.
Com a expansão de escala e os ganhos com sinergias, os consumidores de Pão de Açúcar e Carrefour terão serviços ainda melhores a preços mais competitivos. Seus acionistas, por sua vez, terão uma companhia maior, mais eficiente, mais lucrativa e com uma governança corporativa mais moderna. Enfim, seriam ganhos para a companhia, para seus empregados e acionistas, para os consumidores e para o Brasil.
Considero que são enormes os benefícios do negócio e vou analisar a proposta juntamente com meu sócio e co-controlador, o Grupo Casino. A decisão final será tomada seguindo os trâmites de praxe, previstos na lei e nos Acordos de Acionistas, em assembleia geral de acionistas, após o exame pelo Conselho de Administração da companhia.”