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BBVA sofre com desvalorização cambial na América do Sul

Banco conta com a América Latina para boa parte de seu lucro, que ajudou a compensar as perdas em seu negócio doméstico durante a desaceleração econômica


	BBVA: banco divulgou uma queda maior que a esperada na receita, para 5 bilhões de euros (6,9 bilhões de dólares), queda de 7 por cento ante os três primeiros meses do ano passado
 (Carlos Alvarez/Getty Images)

BBVA: banco divulgou uma queda maior que a esperada na receita, para 5 bilhões de euros (6,9 bilhões de dólares), queda de 7 por cento ante os três primeiros meses do ano passado (Carlos Alvarez/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 12h46.

Madri - A desvalorização de moedas sul-americanas lançou uma sombra sobre os resultados do primeiro trimestre do banco espanhol BBVA nesta quarta-feira, tendo grande impacto na receita apesar da melhora no lucro no México e no mercado doméstico.

O segundo maior banco da Espanha, atrás do rival maior Santander, conta com a América Latina para boa parte de seu lucro, que ajudou a compensar as perdas em seu negócio doméstico durante a desaceleração econômica.

Mas a volatilidade cambial agora está afetando o lucro de alguns mercados emergentes quando convertidos para euros.

O BBVA divulgou uma queda maior que a esperada na receita, para 5 bilhões de euros (6,9 bilhões de dólares), queda de 7 por cento ante os três primeiros meses do ano passado, acrescentando que a receita teria subido 5 por cento sem flutuações cambiais.

As quedas no lucro na América do Sul, incluindo em países economicamente e politicamente voláteis como a Venezuela, tiveram peso particularmente altos no grupo.

No negócio mexicano da BBVA, seu principal motor de lucro, a receita e o lucro cresceram no ano a ano, mas o banco ficou abaixo das expectativas de lucro líquido no nível de grupo.

O lucro caiu 64 por cento ante um ano atrás para 624 milhões de euros, embora os lucros do ano passado tenham sido impulsionados por ganhos oriundos de vendas de ativos.

A taxa de inadimplência do grupo como porcentagem do crédito total caiu na base trimestral pela primeira vez desde 2011, para 6,6 por cento.

Analistas disseram que havia sinais de algum progresso na BBVA e seu lucro na Espanha, o segundo maior responsável pelo lucro do grupo, só atrás do México, cresceu quase três vezes, para 386 milhões de euros excluindo ganhos não recorrentes.

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