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BB Seguridade lucra R$ 472 milhões no 1º trimestre

A maior parte do faturamento foi obtida por meio da venda de planos de previdência que garantiram à Brasilprev, braço da BB Seguridade, receitas de R$ 6,1 bilhões


	BB Seguridade: é a primeira vez que a empresa divulga suas demonstrações financeiras como uma companhia independente e de capital aberto
 (Ben Tavener/Creative Commons)

BB Seguridade: é a primeira vez que a empresa divulga suas demonstrações financeiras como uma companhia independente e de capital aberto (Ben Tavener/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 07h58.

São Paulo - A BB Seguridade, holding que concentra os negócios de seguros do Banco do Brasil, anunciou lucro líquido de R$ 472 milhões no primeiro trimestre deste ano, cifra 54% superior à registrada em igual intervalo do ano passado. É a primeira vez que a empresa divulga suas demonstrações financeiras como uma companhia independente e de capital aberto.

No conceito ajustado, que considera itens extraordinários, o lucro líquido da BB Seguridade foi a R$ 455 milhões no trimestre, com aumento de 5% sobre o resultado ajustado alcançado em igual período de 2012.

O retorno ajustado sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) do primeiro trimestre foi de 34,7%, abaixo do indicador visto em 12 meses, de 37,8%, e do quarto trimestre de 2012, de 10,4%.

Os prêmios de seguros, previdência aberta e capitalização da companhia totalizaram R$ 10,2 bilhões de janeiro a março, elevação de 31% ante um ano.

A maior parte do faturamento foi obtida por meio da venda de planos de previdência que garantiram à Brasilprev, braço da BB Seguridade, receitas de R$ 6,1 bilhões. Seguros somaram R$ 2,8 bilhões em prêmios e o segmento de capitalização contribuiu com R$ 1,1 bilhão.

"O crescimento dos resultados decorre da expansão dos negócios, com redução da sinistralidade e redução nos índices combinados das coligadas do setor de seguros", atenta a BB Seguridade no relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras.

Por outro lado, destaca a companhia, a expansão dos ganhos foi limitada pelo decréscimo no resultado financeiro dessas empresas, por causa da queda nas taxas efetivas de juros, além do impacto negativo da marcação a mercado de títulos pré-fixados, em razão elevação da expectativa dos juros.


IPO

A BB Seguridade listou suas ações Novo Mercado da Bolsa, nível mais alto de governança corporativa da bolsa em abril, após captar até R$ 11,475 bilhões com a sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O braço de seguros do BB chegou à Bolsa com valor de mercado de quase R$ 34 bilhões, conforme cálculo de fontes.

O IPO da BB Seguridade conquistou o título de maior abertura de capital da bolsa desde 2009, quando o espanhol Santander levantou cerca de R$ 14 bilhões. Suas ações foram precificadas em R$ 17,00, um pouco acima do centro do intervalo sugerido, de R$ 15,00 a R$ 18,00.

Receitas

As receitas da BB Seguridade, operacionais e financeiras, totalizaram R$ 676,816 milhões, cifra 35,1% superior à registrada um ano antes. Na comparação com o quarto trimestre de 2012, esses ganhos avançaram 28,0%.

As receitas de comissões somaram R$ 357,709 milhões de janeiro a março deste ano, crescimento de 47,70%. Já as receitas de investimentos em participações societárias, que incluem as empresas das quais a BB Seguridade é acionista, como seguros, previdência e capitalização, totalizaram R$ 293,386 milhões. O montante é 22,21% maior, na mesma base de comparação.

Um dos segmentos que mais contribuíram para o aumento das receitas de investimentos em participações societárias foi o de seguros vida, habitacional e rural, cujo resultado somou R$ 133 milhões no primeiro trimestre, aumento de 18,82% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Também foi destaque capitalização, com crescimento de 60,43%, para R$ 52,219 milhões.


Em seguros de patrimônio, a alta foi de 4.109%, para R$ 12,293 milhões. No segmento de previdência, as receitas permaneceram praticamente estáveis, com crescimento de 0,58%.

Despesas

As despesas da BB Seguridade totalizaram R$ 158 milhões nos três primeiros meses de 2013, recuo de 28,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre de 2012, a queda foi ainda maior, de 32,4%.

De janeiro a março, os gastos administrativos da companhia foram a R$ 61,637 milhões, declínio de 48,36% em relação ao mesmo período do ano passado. As despesas com pessoal diminuíram 12,8%, para R$ 3,864 milhões. No sentido contrário, outras despesas cresceram 40%, totalizando R$ 4,887 ao final do primeiro trimestre.

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