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BB espera arrecadar R$ 1 bilhão com venda de imóveis

Plano inicial prevê leiloar a última sede administrativa do BB e mais dois terrenos na capital federal nos próximos meses


	Agência do Banco do Brasil: banco ainda espera melhores condições no mercado de capitais para entregar a um novo fundo de investimento 200 agências no País
 (Lia Lubambo/EXAME)

Agência do Banco do Brasil: banco ainda espera melhores condições no mercado de capitais para entregar a um novo fundo de investimento 200 agências no País (Lia Lubambo/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2013 às 08h06.

Brasília - O Banco do Brasil vai se desfazer de parte de seu patrimônio em imóveis, negócio que pode render mais de R$ 1 bilhão à instituição até 2016. O plano inicial prevê leiloar a última sede administrativa do BB e mais dois terrenos na capital federal nos próximos meses. Nos anos seguintes, trocará de endereço na Avenida Paulista, o que permitirá vender outros prédios da capital paulista, como o da Nossa Caixa, no centro.

O banco ainda espera melhores condições no mercado de capitais para entregar a um novo fundo de investimento 200 agências no País. Com as mudanças em Brasília e em São Paulo, vai quase dobrar suas despesas com a locação de imóveis corporativos nas duas praças, de R$ 9,4 milhões para R$ 17,4 milhões até julho de 2016.

Atualmente, o BB desembolsa todo mês R$ 82,2 milhões em aluguéis de sedes administrativas, centros tecnológicas e agências bancárias em todo o País. Dirigentes do BB disseram ao Estado que a operação, chamada tecnicamente de "desmobilização", permitirá ao banco ter mais recursos para emprestar aos clientes, além de causar impacto favorável no índice de Basileia, que mede a relação entre o capital próprio e ativos ponderados pelo risco. O BB também justifica que a mudança para prédios com "selo verde" é uma exigência para o melhor desempenho das ações do banco em bolsas internacionais, que têm a sustentabilidade como um dos critérios de avaliação.

Em Brasília, o banco acaba de alugar um conjunto de três torres, projetado pela Tishman Speyer - que tem na carteira empreendimentos como o Rockefeller Center, em Nova York - em parceria com a brasiliense Via Engenharia. Cada torre tem 16 andares. Juntas, terão 85 mil metros quadrados e 1.866 vagas. Pelo aluguel e manutenção das torres, o banco pagará R$ 9,1 milhões.


Sofisticado, o empreendimento terá um jardim vertical com 65 metros, sistemas modernos de segurança e infraestrutura e uma vista privilegiada do lago Paranoá. Os executivos do Banco do Brasil trabalham na capital federal em um prédio inaugurado na década de 1980.

A mudança para o prédio novo vai permitir a venda, no início do próximo ano, da última sede do BB e mais dois terrenos em Brasília, com lance mínimo de R$ 180 milhões. Até junho de 2016, o BB vai encerrar contratos de aluguel de outros oito imóveis.

Quando o processo de "realinhamento de áreas corporativas" estiver concluído em Brasília, daqui a três anos, a estimativa é que os gastos com aluguel das sedes administrativas passe para R$ 14,5 milhões. Essa conta inclui o prédio na capital, que continuará alugado de um fundo administrado pelo Votorantim, por ser considerado uma marca do banco em Brasília.

De acordo com um alto executivo do banco, a ideia é vender, ao longo dos anos, todo o patrimônio imobiliário, com exceção dos centros culturais e tecnológicos, seguindo uma tendência das grandes empresas, que com o aluguel evitam despesas de manutenção.

O processo foi iniciado em 2004, quando o BB vendeu a um fundo administrado pela Caixa uma das sedes em Brasília e um edifício no Rio. O negócio rendeu, à época, R$ 126 milhões. No ano passado, o BB vendeu outros imóveis, incluindo 55 agências e outra sede em Brasília, para um fundo administrado pelo Votorantim, por R$ 1,4 bilhão. Os atuais imóveis do BB, incluindo os prédios históricos dos CCBBs, valem contabilmente R$ 4,5 bilhões, conforme o último balanço. A manutenção é estimada em R$ 7,5 bilhões para os próximos cinco anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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